O levantamento “Viver em São Paulo: Qualidade de Vida 2024“, realizado pela Rede Nossa São Paulo, em parceria com o Inteligência em Pesquisa e Consultoria Estratégica (Ipec), revela que 60% da população da cidade de São Paulo mudaria da capital se pudesse.
Os dados foram apresentados nesta terça-feira (23), no Centro de Pesquisa e Formação do Sesc Bela Vista e a pesquisa abordou temas como bem-estar, confiança nas instituições, avaliação da administração municipal (incluindo o poder legislativo) e investimentos públicos em áreas como saúde, educação, transportes, moradia, espaços públicos e cultura, entre outras.
O estudo revelou ainda que os entrevistados passaram a acreditar que as instituições contribuem para a melhoria da qualidade de vida dos cidadãos paulistanos. A Prefeitura de São Paulo aparecem em primeiro lugar, com 21%; seguida pelo Governo do Estado de SP, 17%; e, em terceiro lugar, as igrejas, com 16%.
“A série histórica ilustra, mais uma vez, a importância da atuação conjunta entre poder público,
instituições religiosas e terceiro setor. A de se considerar que as duas últimas, muitas vezes, fazem
um trabalho complementar e preenchem as lacunas da gestão pública”, afirma o documento.
Na outra ponta estão os partidos políticos (1%); Poder Judiciário e Câmara Municipal de São Paulo (2%). A maior queda neste grupo foi no poder judiciário que, em 2023 possui 6% de confiabilidade da população. Já a Câmara de Vereadores caiu de 4% para 2%.
Outro dado abordado na pesquisa é a participação popular nos processos políticos da capital paulista. A maioria dos entrevistados não têm vontade nenhuma de participar da vida política da cidade (65%); 25% tem alguma vontade; e 8% têm muita vontade de estar inserido nos processos políticos da cidade.
“Considerando a parcela significativa que não se lembra em quem votou para vereador na eleição
anterior e o desejo da população por vereadores que demostrem maior conhecimento dos problemas
dos bairros e maior presença nesses locais, fica evidente um cenário de distanciamento e descrença da
população em relação aos representantes do legislativo”, afirma o relatório.
No ano de 2022 esses números ficaram um pouco abaixo: 64% para pessoas que não possuem vontade nenhuma; 25% para os que possuem pouca vontade; e os mesmos 8% para quem tem muita vontade.
“Nos deparamos com um contexto preocupante, em que um alto número de pessoas que não demostra
qualquer interesse em participar da vida política da cidade”, finaliza o texto.
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A pesquisa ouviu 800 pessoas, moradoras da cidade de São Paulo, acima de 16 anos, entre os dias 1º e 18 de dezembro de 2023. A pesquisa tem uma margem de confiança de 95% e de erro de 3 pontos percentuais para mais ou para menos. As entrevistas foram realizadas de forma on line e domiciliar e todos os resultados estão disponíveis neste link.