Nesta sexta-feira (23) moradores do Complexo da Maré, na zona norte do Rio de Janeiro, voltaram a protestar contra as constantes operações policiais na comuniadade, que nesta sexta, chegou ao quinto dia seguido. Com cartazes e blusas brancas, os moradores pedIram paz e também direito a moradias dignas.
As operação das polícias Civil e Militar e a Secretaria Municipal de Ordem Pública (Seop), estão demolindo prédios, que segundo eles, foram erguidos sem aval do poder público nem normas de segurança. Os moradores se concentraram no Campo do São Cristóvão, ao lado do Parque União, e seguiram caminhando para outras localidades.
Eles chegaram a fechar a Avenida Brigadeiro Trompowski, que liga a Avenida Brasil à Ilha do Governador, no início da manhã.
Apesar da operação, e dos blindados na comunidade, a Secretaria Municipal de Educação (SME) não interrompeu as aulas nas escolas da região. A decisão gerou revolta entre os docentes nas unidades da região, que protestaram também em frente à Prefeitura do Rio de Janeiro.
Professores e responsáveis criticaram a posição da Prefeitura em obrigar a abertura das escolas durante as operações dessa semana. Na última segunda-feira (19), 24 unidades escolares foram impactadas, segundo a Secretaria Municipal de Educação, além de duas unidades estaduais, deixando cerca de 900 alunos sem aula.
Já na quinta e nesta sexta, reabriram em horários alterados. “Neste ano, já foram 25 dias letivos com ao menos uma escola fechada na Maré“, informou a SME.
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