“Sem dúvida há participação de outras pessoas”, diz Flávio Dino sobre caso Marielle

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Flavio Dino /Créditos: Pedro França/Agência Senado

O ministro da justiça, Flávio Dino, afirmou em uma coletiva de impressa nesta segunda-feira (24) que a delação premiada do ex-PM Élcio Queiroz trouxe novos elementos para investigação do caso do assassinato de Marielle Franco, e garantiu que as apurações vão continuar, não sobre a execução das vítimas, mas sobre os possíveis mandantes do crime.

Não há, de forma alguma, a afirmação de que a investigação se acha concluída, pelo contrário. O que acontece é uma mudança de patamar da investigação“, diz Flávio Dino, que confirma que agora, as autoridades buscam os responsáveis pelo crime. “Sem dúvida há a participação de outras pessoas, os fatos revelados e as provas colhidas indicam isso“, explicou o ministro.

Dentre as afirmações de Flávio Dino durante a coletiva, ele também falou sobre a participação de grupos armados no crime contra a vereadora. “Indica uma forte vinculação desses homicídios, especialmente da vereadora Marielle, com a atuação das milícias e o crime organizado no Rio de Janeiro. Isso é indiscutível“, pontuou.

O ministro Dino informou ainda que as investigações do caso prosseguirão, adiantando que, nas próximas semanas, a PF executará novas operações a partir da realizada nesta segunda. “Há aspectos que ainda estão sob investigação, em segredo de Justiça. O certo é que nas próximas semanas provavelmente haverá novas operações derivadas desse conjunto de provas colhidas no dia de hoje [segunda]“, disse.

A coletiva foi dada após a prisão do ex-bombeiro Maxwell Simões Corrêa, Suel, delatado por Élcio Queiroz, que durante seu depoimento confirmou a participação de Suel na morte da vereadora, além de outros detalhes sobre o crime. Ele também confirmou a própria participação no esquema, e a atuação de Ronnie Lessa.

As provas colhidas e reanalisadas pela Polícia Federal confirmaram de modo inequívoco a participação de Élcio e Ronnie. Isso conduziu à delação do Élcio“, disse Dino.

Para a CNN, o ministro afirmou que as autoridades deram passo significativo para a “completa elucidação” do assassinato de Marielle Franco e Anderson Gomes.

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