Um caso de lesão corporal e injúria contra dois vigilantes de um condomínio em Campo Grande, na Zona Oeste do Rio de Janeiro, levou à prisão em flagrante de uma moradora. Nas gravações feitas por vizinhos a mulher aparece agredindo e xingando os seguranças, e um deles afirma também ter sido chamado de “macaco” por ela, durante a confusão.
De acordo com os porteiros, Sandra Regina Vilela da Silva – que já protagonizou outro caso policial antes – chegou ao condomínio em um carro de aplicativo e quis entrar na garagem, mas estava sem identificação de moradora. Por isso, seguindo o protocolo, eles abordaram o veículo e pediram que os ocupantes se identificassem. Foi nesse momento que a mulher começou a xingá-los.
“Nós estávamos na guarita do condomínio. Por volta das 21h, a moradora chegou num carro de app e, como ela não tinha a tag [etiqueta] que libera a cancela, nós fomos fazer a abordagem, que é normal do nosso procedimento”, contou um dos seguranças Marcos Paulo de Lima Sardinha, ao G1. Segundo ele, a mulher “botou a cara para fora do carro” e começou a ofende-los.
Ele continuou narrando o ocorrido, revelando o que foi dito pela moradora no momento em que a situação é gravada pelos vizinhos, no início do mês. “Ela foi até o prédio dela. Logo após, ela retornou à guarita e, de forma violenta, já veio na intenção de nos agredir. Começou a nos agredir verbalmente com palavras de baixo calão. Começou a me chamar de macaco, com palavras de racismo, e veio na intenção de me agredir”, relata.
Tanto Marcos quanto Edson Ferreira de Barros foram agredidos, sendo que este ainda ficou com marcas de sangue no rosto.
Essa não é a primeira vez que Sandra precisa prestar esclarecimentos à polícia em menos de um ano. Em novembro do ano passado a mulher foi acusada de crime de homofobia e lesão corporal contra um outro morador do condomínio, Alisson Abel Borges. Imagens de câmeras de segurança mostram Sandra puxando e chutando o rapaz.
Segundo a advogada dos porteiros, Ieda Aguiar, a mulher está respondendo por esse caso tanto no âmbito criminal quanto no cível, e que com relação ao caso dos seguranças do condomínio, Sandra também vai responder.
“Vamos buscar na esfera cível a devida reparação. Nós estamos buscando com o condomínio porque as imagens que obtivemos foram as dos moradores. Nós estamos agora atrás das filmagens próximas à guarita justamente para poder ter ciência do teor das acusações contra eles”, disse a advogada ao G1.
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Sandra foi levada para fazer o exame de corpo de delito, e no documento que relata algumas escoriações, ela informa que foi agredida por um dos funcionários do condomínio.