A ministra do Meio Ambiente e Mudança do Clima, Marina Silva, participou nesta terça-feira (27) de um evento organizado pela Câmara Americana de Comércio para o Brasil (Amcham), parte da programação paralela ao encontro do G20.
“Nós acabamos de identificar, por estudos científicos, áreas de deserto já no Brasil. Expansão da área de baixa umidade em várias regiões do nosso país. Ou seja, para o Brasil continuar ajudando na segurança alimentar do planeta, nós vamos precisar fazer o dever de casa em relação ao clima”, disse Marina, que participou de uma mesa com a secretária do Tesouro dos Estados Unidos, Janet Yellen.
Segundo a ministra, a falta de alimentos pode afetar a economia global e gerar instabilidades geopolíticas.
“Nós temos também outro problema, que é a questão do risco de uma inflação global que pode ser causada também por insegurança alimentar em função da mudança climática. Geralmente, se faz a associação, muito rapidamente, entre risco de inflação e risco de instabilidade econômica, geopolítica, associado à energia. Mas vamos pensar também que esse risco talvez seja até maior em relação à segurança alimentar”, enfatizou.
De acordo com a ministra, a área econômica e as propostas para o meio ambiente precisam estar alinhadas, e acredita que isso está acontecendo no atual governo.
“Eu acho que é a primeira vez na história do Brasil que a gente conseguiu uma sinergia muito grande entre a área econômica e a área ambiental. O plano de transformação ecológica está sendo coordenado pelo ministro da Fazenda [Fernando Haddad]. Com certeza é o melhor lugar para que ele seja elaborado, porque a partir daí ele pode ser transversalizado [repassado para as outras áreas do governo]”, pontua Marina.
Uma das iniciativas que alinha economia com o meio ambiente é a parceria assinada pelo anco Central (BC) com o Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID), para dar garantias cambiais a projetos de desenvolvimento de economia verde no Brasil.
Fonte: Agência Brasil
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