O aumento de casos de cancêr de mama em mulheres mais jovens é o motivo da mudança. Governo também ampliou a faixa etária do rastreamento e lança novos tratamentos para a doença no SUS.
Na última terça-feira (23) o Ministério de Saúde anunciou novas recomendações para a realização da mamografia como parte da prevenção e do diagnóstico do câncer de mama. Além disso, a pasta do governo também divulgou o lançamento de um manual de diagnóstico precoce e alta suspeição, voltado para apoiar profissionais da atenção primária, investimento em pesquisas e incorporação de novos medicamentos no Sistema Único de Saúde (SUS) para tratamento do cancêr de mama.
Pela primeira vez, as mulheres de 40 a 49 anos tem acesso garantido ao exame de mamografia, sem rastreamento obrigatório a cada dois anos, mediante a vontade da paciente e recomendação médica. Além desse mudança, agora as mulheres na faixa etária de 50 a 74 anos tem direito a um rastreamento populacional bienal e as que já tem a idade acima de 74 anos tem a opção de decisão individualizada, de acordo com as comordidades e expectativa de vida.

A mamografia é o principal exame de rastreamento do cancêr de mama, através dela é possível identificar alterações na mama que sendo suspeitas podem ser indicadas a realização de uma biópsia para confirmar o diagnóstico. No ano anterior, segundo dados do Ministério da Saúde, 30% das mamografias realizadas no país foram em mulheres abaixo dos 50 anos.
Unidades móveis, manual, investimentos e novos medicamentos
Em maio o governo lançou o programa de carretas de saúde, segundo o Secretário de Atenção Especializada à Saúde, Mozart Sales, no próximo mês, cerca de 27 unidades móveis estarão em 22 estados brasileiros oferecendo consultas, mamografias e biópsias.
Outros investimentos também estão sendo feitos, como o lançamento de um manual de diagnóstico precoce e alta suspeição, que tem como objetivo apoiar os profissionais da atenção primária e a destinação de R$ 100 milhões para pesquisas em cancêr de mama, colo de útero e colorretal, em parceria com o CNPq.
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O governo também está investindo em novos medicamentos para o tratamento de cancêr de mama no SUS, com o primeiro Protocolo Clínico e Diretrizes Terapêuticas (PCDT) medicamentos como: Inibidores de CDK 4/6, Trastuzumab entansina, Supressão ovariana medicamentosa e hormonioterapia parenteral, Fator estimulador de colônia para suporte em esquema de dose densa, Ampliação da neoadjuvância para tumores em estágios I a III agora serão encontrados disponíveis no SUS.