Na noite da última segunda-feira (27), pelo menos 10 pessoas morreram em um incêndio na cidade mexicana de Juárez, na fronteira com os Estados Unidos. O acidente aconteceu no prédio do Instituto Nacional de Migração do México e as autoridades afirmam que dezenas pessoas ficaram feridas.
Segundo informações da agência de noticiais Reuters, a maioria das vítimas é de origem venezuelana e a imprensa mexicana fala em mais de 20 mortos no incêndio. Porém, o governo mexicano ainda não divulgou dados oficiais sobre o caso.
Durante a madrugada desta terça-feira (28), Bombeiros e voluntários trabalharam no combate às chamas e no resgate às vítimas. O Instituto Nacional de Migração é um órgão do governo mexicano, responsável pelo atendimento a migrantes estrangeiros que querem entrar no país.
Vinagly, uma venezuelana, gritava desesperada do lado de fora do centro migratório, para onde seu marido, de 27 anos, foi levado depois de ser detido, apesar de, segundo a jovem, estar com documentos que autorizam sua permanência no México.
Ele foi afetado pelo incêndio, mas Vinagly não tem informações sobre o estado de saúde. “Ele foi levado em uma ambulância. Eles (oficiais migratórios) não falam nada, um parente pode morrer e eles não falam ‘está morto'”, criticou a venezuelana em entrevista à AFP.
A cidade de Juárez, vizinha de El Paso, no Texas, é uma das localidades fronteiriças em que permanecem regidos vários estrangeiros sem documentos que tentam chegar aos Estados Unidos para pedir asilo.
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Um relatório recente da Organização Internacional para as Migrações (OIM) informa que 7.661 migrantes faleceram ou desapareceram na travessia para os Estados Unidos desde 2014 e 988 morreram em acidentes ou por viajar em condições desumanas.