Péssimas condições de trabalho e funcionários obrigados a trabalhar durante a pandemia de COVID-19. Essas são as acusações que trabalhadores da Majorel, fazem à empresa cotada para assumir a moderação de conteúdo da Meta no continente africano. Os funcionários conversaram com a Wired sob condição de anonimato.
No início deste ano, a Sama, empresa baseada no Quênia, rompeu seu contrato de moderação na África para o Facebook, Instagram e WhatsApp.
Em 2022, um ex-funcionário da Sama processou a Meta acusando-a de tráfico humano, práticas antissindicais, entre outros crimes. No inicio de fevereiro deste ano, representantes da empresa serão ouvidos. A Sama também foi processada pelo mesmo moderador.
A Majorel já modera conteúdo para a Meta no Marrocos e também é responsável pela moderação para o TikTok em toda a África. Os funcionários falaram ao site Wired que executivos da Meta visitaram a sede da empresa em jan.2023, mas a Meta ainda não confirmou quem assumirá o contrato.
LEIA TAMBÉM: Meta é processada por permitir publicações de ódio que agravaram guerra de Tigray
Moderadores do TikTok e da Meta para Majorel afirmaram ao site que receberem US$ 281 mensais para analisarem diariamente conteúdo gráfico e violento.
Segundo os funcionários, bônus de trabalho por desempenho são raramente obtidos e geralmente negados àqueles que criticam as péssimas condições de trabalho.
Na Sama, os funcionários recebiam US$ 483 e eram considerados os funcionários mais mal pagos da Meta globalmente, segundo a Wired.
Além da péssima remuneração, funcionários afirmam que a Majorel ignorou restrições sanitárias durante toda a pandemia e exigiu que seus funcionários trabalhassem presencialmente desde mar.2020.
Após a Sama desistir do contrato, organizações de direitos civis na África iniciaram uma campanha para exigir que a Meta contratasse mais moderadores na região e melhorasse condições de trabalho e pagamento.
0 Replies to “Funcionários criticam moderadora de conteúdo para a Meta no continente africano”