Na última sexta-feira (07), o Ministro da Educação Victor Godoy anunciou em suas redes sociais que o orçamento das universidades e institutos federais será liberado. A fala veio após a Associação Nacional dos Dirigentes das Instituições Federais de Ensino Superior (Andifes) anunciar o bloqueio de R$ 328 milhões feito pelo Governo Federal, que colocava em risco o funcionamento das instituições até o final do ano.
A verba inicialmente paralisada é direcionada pelas instituições para pagamento de despesas básicas como alimentação, luz, água, limpeza e bolsas estudantis. De acordo com a declaração do ministro, a decisão foi tomada após reunião com o Ministro da Economia, Paulo Guedes.
“O limite de empenho será liberado para as universidades federais, institutos federais e para a Capes. Nós temos uma gama muito grande de instituições. Então, eu conversei com o ministro Guedes, ele foi sensível, e nós vamos facilitar a vida de todo mundo”, disse no vídeo em que também se coloca à disposição para conversar diretamente com os reitores das instituições.
O anúncio de liberação de verba acontece um dia depois de Victor Godoy afirmar que a decisão não se tratava de um corte no orçamento, e que o andamento das atividades universitárias não seriam comprometidas. “Quero deixar claro que não há corte, não há redução. Não há por que falar que vai haver paralisação”, disse em coletiva de imprensa do Ministério da Educação (MEC).
Após a declaração de Victor Godoy, a União Nacional dos Estudantes (UNE) se pronunciou nas redes sociais, questionando que não foi divulgado a data em que os recursos seriam repassados para as instituições. Com isso, a organização estudantil decidiu manter a mobilização nacional em favor da educação, marcado para o dia 18 de outubro.
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Para 2023 o MEC prevê um orçamento ainda menor do que o direcionado para as instituições federais este ano. São R$ 300 milhões a menos disponível para a pasta no próximo ano. Em maio deste ano foi anunciado um corte de R$ 3,2 bilhões das universidades e institutos federais, que depois foi alterada para R$ 1,6 bilhão.