Segundo uma pesquisa feita pela startup de educação Tera em parceria com a Mindminers, 1 a cada 4 profissionais são negros na área de marketing digital, no Brasil. Essa pesquisa de 2022 traz dados sobre o mercado digital e recebeu respostas de mais de duas mil pessoas em áreas diversas, incluindo UX Design, Dados, Marketing Digital, entre outras. Também participaram aqueles que estão desempregados ou em transição de carreira para o mercado digital.
Apesar do comparativo ser bastante desigual em relação a pessoas negras, o Marketing Digital, segue sendo a maior carreira com diversidade racial, enquanto o Product Menagement, registra o menor índice, sendo apenas 16% no comparativo com pessoas brancas. Daqueles que ganham mais de 10 mil reais por mês, apenas 13% são negros, enquanto na faixa salarial de 3,3 mil, representam 39%.
Houve um avanço nos últimos anos, com intuito de tornar o mercado mais inclusivo e diverso, crescendo também por meio de políticas afirmativas e processos para qualificar e abrir espaço para profissionais historicamente excluídos.
Porém, o perfil do mercado digital ainda engloba, na sua maior parte, homens brancos, residentes do Sudeste do Brasil, tendo de 26 a 30 anos. No meio disso, ainda existe a diversidade de gênero, mulheres se encontram colocadas em sua maioria nas áreas de Marketing Digital, Produto e UX Design, enquanto Desenvolvimento de Dados e Software, são apenas uma média de 30%.
“Em um país onde mais de 56% da população é negra, continua sendo estranho que o mercado de tecnologia ainda tenha 73,2% de pessoas brancas“, disse Leandro Herrera, presidente e fundador da Tera.
A capacitação como avanço
Pensando em inserir cada vez mais negros no mercado digital, e a fim de promover a equidade nas futuras oportunidades dentro do mercado de trabalho, a Escola de Comunicação Antirracista está lançando o primeiro e-book da série que vai impulsionar o conhecimento nas mais diversas áreas. O primeiro já conta com o lançamento no dia 13 de Setembro, e será de Marketing Digital.
Apenas o conhecimento faz com que tenhamos um mercado mais justo e tão diverso quanto o nosso país. Por isso a Escola de Comunicação Antirracista tem o desejo de protagonizar soluções para dois grandes desafios: o combate ao racismo e o acesso à educação.
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