A ativista climática Marcele Oliveira, de 26 anos, que foi integrante do programa Jovens Negociadores pelo Clima da Secretaria Municipal de Meio Ambiente e Clima do Rio de Janeiro, foi escolhida pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva como Presidency Youth Climate Council – PYCC. A nomeação reconhece a trajetória e o impacto de Marcele na luta contra as mudanças climáticas, desde sua atuação no Rio de Janeiro até sua participação em conferências internacionais.

A escolha de Marcele se deu a partir de um edital de chamamento, iniciativa inédita do governo do Brasil, realizada pela Secretaria Nacional de Juventude, órgão da Secretaria-Geral da Presidência da República, em parceria com a Presidência da COP no Brasil. Ao todo, 154 jovens se inscreveram para o edital, tendo a Comissão Organizadora selecionado 24 nomes, que foram encaminhadas para a Presidência da COP30.
Como integrante do programa Jovens Negociadores pelo Clima, desenvolvido pela Prefeitura do Rio através da SMAC, Marcele encontrou em um espaço propício para expandir sua capacitação e formação, tornando-se uma negociadora com profundo entendimento técnico e político do complexo cenário multilateral climático.
Nascida em Realengo, bairro da Zona Oeste do Rio, a jovem é produtora cultural formada pela Universidade Federal Fluminense (UFF). Uma de suas lutas resultou na criação do Parque Realengo Susana Naspolini. Marcele participa das Conferências do Clima desde a COP no Egito (2022), através da Coalizão Clima de Mudança e do Perifalab.
Mais sobre o Youth Climate Champion
Desde 2011, crianças e jovens têm status oficial como “Constituencies” nas COPs, organizados pela YUNGO (Official Children and Youth Constituency of the UNFCCC).
O papel desses grupos no enfrentamento à crise do clima tem se acentuado. Na COP28, os países decidiram criar a posição de Youth Climate Champion (YCC) para fortalecer sua atuação, com quatro objetivos principais: a) ampliar inclusão e representação jovem nas políticas climáticas; b) capacitar jovens para contribuir com decisões sobre o clima; c) amplificar suas vozes na UNFCCC e nas presidências da COP; e d) impulsionar ações lideradas por jovens, com recursos e monitoramento.
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