Devido a grande seca que acomete o estado do Amazonas, a Prefeitura de Manaus decretou o fim do ano letivo nas escolas municipais de ensino nas comunidades ribeirinhas, localizadas no Rio Negro. Segundo a Secretaria Municipal de Educação (Semed), o encerramento estava previsto era o próximo dia 17, mas agora, as aulas serão encerradas nesta quarta-feira (04).
Com o agravamento da seca no rio, professores e alunos têm dificuldades para chegar nas escolas. O calendário escolar da região é baseado na cheia e vazantes dos rios, sendo assim, as aulas são iniciadas em janeiro e finalizadas em outubro, de acordo com a secretaria.
“O respectivo calendário letivo é amparado pelo artigo 23 da Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional (LDB), e visa garantir os 200 dias letivos e 800 horas previstos pela legislação, para não causar prejuízos aos alunos, no processo de ensino e aprendizagem”, disse a secretaria, em nota oficial.
O prefeito de Manaus David Almeida alegou que o calendário escolar está 95% completol, e a prefeitura anunciou uma ajuda para as populações ribeirinhas afetadas. “Todas as comunidades afetadas pela grande seca estão sendo mapeadas pelas equipes da prefeitura, e de acordo com as suas necessidades e especificidades serão beneficiadas com bombas e galões d’água, caminhões-pipas, cisternas, poços artesianos, kits de higiene e cestas básicas“, diz a nota.
Já nas escolas do rio Amazonas, que obedecem ao calendário regular da Semed, os alunos entraram em calendário especial, com aulas remotas e a cada quinze dias a equipe pedagógica da prefeitura analisará a possibilidade do retorno das atividades presenciais.
Já são 23 municípios do estado que estão em situação de emergência, devido a seca.
Nesta quarta-feira (04) o rio Negro Negro teve queda de 12 centímetros e atingiu a cota de 15,02 metros, conforme os registros do Porto de Manaus, atingindo a 10ª pior seca do rio já registrada em pelo menos 100 anos de história, ultrapassando a cota de 1998, que chegou a 15,03 metros.
Leia também: Amazonas enfrenta seca e 15 cidades estão em estado de emergência