De acordo com dados divulgados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), a democratização do acesso a internet não é uma realidade para uma grande parcela da população brasileira. Isso porque cerca de 20,5 milhões de pessoas não têm acesso à internet.
De todo o grupo analisado, 47,9% das pessoas que não tem acesso a tecnologia correspondem a pessoas pardas em 2024, pessoas brancas aparecem na segunda colocação, totalizando 38,9% do contingente, entre os que se autodeclaram como pretos o percentual fechou em 11,9% do recorte.
A maior parte do grupo analisado é formado por idosos, de 60 anos ou mais, 10,7 milhões que relataram não estar conectados, o que representa 52,1% do total de pessoas alcançadas pelo relatório. No geral, 10% desse contingente corresponde a população a partir de 10 anos ou mais, o que significa dizer que um a cada 10 brasileiros se mantém distante do mundo digital. Menor índice da série histórica, que foi iniciada em 2016, que registrou o patamar de 33,9%.
Nível de escolaridade
O relatório aponta que 52,4% das pessoas sem acesso à internet não completaram o ensino fundamental, por outro lado, 21% do público analisado não tinham um nível de instrução adequado para o uso. As duas parcelas foram compostas por 10,6 milhões de homens (51,8%do grupo) e 9,9 milhões de mulheres (48,2% do grupo). Outros números apontam baixa de usuários em outros níveis de escolaridade, sendo a menor incidência entre o grupo que possui o ensino superior incompleto que é de apenas de 0,9% do contingente.
Outros níveis de escolaridade: 6,4% Fundamental completo; 3,1% Médio incompleto; 12% Médio completo; 4,2% Superior completo.
A pesquisa ainda elencou alguns motivos pelo qual as pessoas estão longe do meio digital. Entre os idosos com 60 anos ou mais, por exemplo, a principal alegação foi não saber usar a internet, na outra ponta, estão crianças e adolescentes de 10 a 13 anos que destacaram a falta de necessidade. Uma nuance importante a se observar entre os mais jovens, é a vigilância dos pais frente a crescentes de conteúdos inadequados para a faixa de idade e crimes digitais , quesito que alcançou o percentual de 22,5% das respostas.
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