Uma pesquisa encomendada pela Central Única dos Trabalhadores (CUT) e pela Fundação Perseu Abramo, com apoio do Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese), revela que a maioria dos trabalhadores brasileiros considera os sindicatos fundamentais. De acordo com o levantamento “O Trabalho e o Brasil”, realizado pelo instituto Vox Populi, 68% dos entrevistados avaliam essas entidades como importantes ou muito importantes na defesa de direitos e na melhoria das condições laborais.
O estudo, que ouviu presencialmente 3.850 pessoas em diversas categorias, mostrou que esse reconhecimento é ainda maior entre os jovens e nas regiões Nordeste e Sul do país. Segundo a apuração, os entrevistados associam os sindicatos diretamente à conquista de melhores salários (67,8%), à mediação com empresas (67,1%) e à defesa de direitos (64,3%).

Contudo, há um paradoxo: apesar da avaliação positiva, 52,4% dos trabalhadores afirmam não conhecer concretamente a atuação da entidade que os representa. Para melhorar essa representatividade, os entrevistados sugerem maior presença nos locais de trabalho (49,4%), comunicação mais eficaz (37,5%) e oferta de cursos (29,6%).
Sobre as prioridades para a ação sindical, a demanda principal é por melhores salários (63,8%), seguida pela geração de bons empregos (36,6%) e pela redução da jornada de trabalho. Esta última pauta tem amplo apoio: cerca de 80% dos entrevistados se disseram a favor do fim da escala de trabalho 6×1.
A pesquisa também abordou a situação dos trabalhadores autônomos. Entre aqueles que já tiveram carteira assinada, 56% declararam que “com certeza” gostariam de retornar ao regime da CLT, enquanto outros 30,9% consideram a possibilidade. O levantamento foi realizado com uma margem de erro de 1,6 ponto percentual.
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