“É inadmissível que pretos e pardos continuem sendo a maioria pobre”, diz Lula em cerimônia de posse

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Foto: PABLO VALADARES - CAMARA DOS DEPUTADOS


Em seu discurso de posse neste domingo (01), no Congresso Nacional, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), ressaltou a importância da diversidade, do combate a fome, do reconhecimento e respeito aos povos indígenas e da garantia dos Direitos Humanos em seu governo.

É inadmissível que  pretos e pardos continuem sendo a maioria pobre e oprimida em um país construído com o suor e sangue de seus descendentes africanos. Criamos um ministério da Promoção da Igualdade Racial para ampliar a política de costas nas universidades e no serviço público além de retomar as políticas voltadas para o povo negro na saúde, educação e cultura“, disse Lula ao referir-se ao Ministério que será comandado pela jornalista Anielle Franco.

O presidente também ressaltou a importancia da garantia dos Direitos Humanos em seu governo.

Não existirá a verdadeira justiça no país em que um só ser humanos seja injustiçado caberá ao Ministério dos Direitos Humanos agir para que cada cidadão e cidadã tenha seus direitos respeitados, no acesso aos serviços públicos e particulares“, declarou o presidente sobre o Ministério que terá à frente o jurista Silvio Almeida.

Ao longo de seu discurso Lula reafirmou por diversas vezes a importância da vitória da democracia e dos desafios que enfrentará pelos próximos quatro anos devido aos gastos excessivos da última gestão.

“Hoje mesmo assinou medidas para reorganizar as estruturas de poder executivo, de modo que volte a permitir o funcionamento do governo de maneira racional, republicana. Medidas para resgatar o papel das instituições do estado, para planejarmos investimentos públicos e privados para um crescimento econômico sustentável. Com os 27 governadores vamos retomar obras irresponsavelmente paralisadas, que são mais de 14 mil no país. Vamos retomar minha casa minha vida, e estruturar um novo PAC para gerar empregos na velocidade que o Brasil quer e necessita. a roda da economia vai voltar a girar”, disse o presidente.

A importância e o respeito aos povos indígenas também foi destacado no discurso do petista.

Nossa meta é alcançar o desmatamento zero na amazônia / “o brasil não precisa desmatar para manter e ampliar sua estratégica fronteira agrícola, não é preciso derrubar nenhuma árvore.

Incentivaremos sim a prosperidade na terra.  O que não podemos admitir é que seja uma terra sem lei. Não vamos tolerar a violência contra os pequenos, o desmatamento que tanto mal já fez ao nosso país. Esta é uma das razões do Ministério dos Povos Indígenas. Ninguém conhece melhor nossas florestas desde os tempos imemoriais. Cada terra demarcada é uma nova era. A estes brasileiros e brasileiras devemos respeito e com eles temos uma dívida histórica“, declarou o presidente

Foto: TOMAZ SILVA – AGENCIA BRASIL

Histórico presidenciável

Eleito em 2022, o presidente exerce o seu terceiro mandato como chefe do executivo. O primeiro aconteceu em 2002, e o segundo em 2006. Durante o governo de Lula foram criados diversos marcos para a população negra brasileira, como por exemplo as cotas em universidades públicas. 

Em 2023, Lula, começa o governo com 37 ministros, sendo cinco negros e um indígena. Além disso, há indicações de pessoas negras e indígenas em diversos cargos de alto escalão. Outra novidade foi a criação dos ministérios da Igualdade Racial e dos Povos Originários. 

Leia também: Chefes de Funai e Sesai serão indígenas, diz Lula

O novo presidente começa o governo com o desafio de unir o Brasil, devido a polarização acontecida em 2022. No entanto, Lula demonstrou que a articulação para este acontecimento é algo a ser superado. Uma vez que os 37 ministros são de diversos partidos. 

A democracia brasileira está em festa, principalmente por causa do Festival do Futuro que acontece em paralelo à posse. Os palcos Elza Soares e Gal Costa recebem diversas apresentações de artistas brasileiros.

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