O presidente eleito, Luiz Inácio Lula da Silva (PT), em pronunciamento na Conferência do Clima da ONU (COP27), confirmou a criação do Ministério dos Povos Originários. O anúncio foi feito na tarde desta quarta-feira (16), com o objetivo de promover o acesso do protagonismo indígenas em políticas públicas no governo federal.
A promessa do Ministério dos Povos Originários surgiu na campanha de Lula para a presidência do Brasil. Além de que o anúncio faz parte do compromisso do governo com políticas que tenham prioridades na Amazônia, inclusive de preservação do meio ambiente e dos povos que moram na região.
“Por isso vamos criar o Ministério dos Povos Originários para que os próprios indígenas apresentem ao governo propostas de políticas que garantam a eles sobrevivência digna, segurança, paz e sustentabilidade. Os povos originários e aqueles que residem na Amazônia devem ser os protagonistas da sua preservação”, disse o presidente eleito
Luta para manter os povos indígenas e a Amazônia protegida
O trabalho desenvolvido pelo povo indígena Huni Kuin, no município de Tarauacá, no Acre, participa de um projeto para o fortalecimento do sistema de agrofloresta na recuperação de 305 hectares devastados por pastagens na Terra Indígena Colônia 27. O Fundo Baobá para Equidade Racial, Fundo Brasil de Direitos Humanos e Fundo Casa Socioambiental formam uma tríade que promove um fundo de filantropia para a justiça social no Brasil e apoiam esse propósito de renovação no meio ambiente.
“Não há segurança climática para o mundo sem uma Amazônia protegida. Não mediremos esforços para zerar o desmatamento e a degradação dos nossos biomas até 2030. Por esse motivo, quero aproveitar essa conferência para anunciar que o combate das mudanças climáticas terá o mais alto perfil na estrutura do meu próximo governo”, declarou Lula na COP27.
Ao se comprometer em preservar os povos indígenas e a Amazônia na frente das maiores lideranças do Mundo, Lula, deve estabelecer o engajamento com diversos setores e países interessados na causa climática. Em contraponto ao governo de Jair Bolsonaro que afastou diversas parcerias como o Fundo Amazônia promovida pela Alemanha e Noruega. Sendo um resgate de mais 3 bilhões de reais que serão investidos na região norte brasileira.
Ministra (o) do Ministério dos Povos Originários
Sonia Guajajara (PSOL-SP) foi a primeira pessoa cotada para ser a nova ministra, apesar disso a informação ainda não confirmada pela equipe do novo governo. Além disso, ela foi a primeira mulher indígiena que se elegeu deputada federal, portanto pode ocupar uma cadeira na Câmara dos Deputados em Brasília.
Joenia Wapichana (Rede-RR) também é um nome forte para ser indicada ao cargo, uma vez que recebeu apoio de outras lideranças indígenas como o escritor Ailton Krenak e o líder Raoni Metuktire. “É a primeira advogada indígena do Brasil, como advogada do Conselho Indígena de Roraima, e a primeira a fazer a sustentação oral no Supremo Tribunal Federal, de onde saiu o marco tempo [na homologação da terra Raposa Serra do Sol]”, comentou o escritor no 12º Filmambiente.
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Sonia e Joenia estão presentes na COP27, elas estão juntas com o objetivo de promover a causa dos povos indígenas no Brasil. Sobretudo para chamar a atenção sobre a violência que eles têm passado nos últimos 4 anos do governo Bolsonaro. Como por exemplo as invasões ilegais e a fomentação de políticas em favor da exploração das terras indígenas
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