A Operação Disco de Ouro, investigação da Polícia Federal (PF) sobre garimpo ilegal na Terra Yanomami, aponta que empresário Matheus Possebon, gerenciador da carreira do cantor Alexandre Pires, usou seus familiares para lavagem de dinheiro da empresa Betser.
Matheus Possebon, apontado como sócio oculto da Betser, foi identificado como suspeito de integrar o núcleo financeiro do esquema. As investigações da PF identificaram outros dois núcleos: logístico e laranjas.
O empresário teria recebido mais de R$1,18 milhão da mineradora, e os seus familiares: irmão e nora – R$435 mil; primo – R$86.500 mil; irmã – R$30 mil; cunhado – R$7 mil. O contador do empresário recebeu R$10 mil da empresa Betser.
Ainda de acordo com a PF, Christian dos Santos atuava como “sócio ostensivo” e Possebon como “sócio oculto” da Betser. Eles retiraram altas quantidades de minério, lavando milhões de Reais. No total, de R$1.382.000, o cantor Alexandre Pires recebeu da mineradora R$1.025.000 em uma conta jurídica e mais R$357 mil em uma conta pessoal, tornando-se alvo das investigações.
O inquérito policial indica que o esquema seria voltado para a “lavagem” de cassiterita retirada ilegalmente da TIY, no qual o minério seria declarado como originário de um garimpo regular no Rio Tapajós, em Itaituba, no Pará, e supostamente transportado para Roraima para tratamento.
Foram identificadas transações financeiras que relacionariam toda a cadeia produtiva do esquema, com a presença de pilotos de aeronaves, postos de combustíveis, lojas de máquinas e equipamentos para mineração e laranjas para encobrir movimentações fraudulentas.
A Polícia Federal continua com as investigações a respeito do garimpo ilegal. Na segunda-feira (4) o empresário do cantor Alexandre Pires foi preso em um navio, em Santos, litoral de São Paulo.