Estreando em “Spider” como Dayane Silva, esposa de Anderson Silva, Larissa Nunes assume o protagonismo na série que conta a história de um dos mais importantes atletas do MMA mundial. Com 27 anos de idade e 13 de carreira, na série da Paramount + a atriz tem a oportunidade de dar seu tom à uma personagem verídica, o que, por si só, já é algo desafiador.
“Durante as preparações de elenco fui descobrindo muita força e personalidade por trás dessa mulher, nesse casal parceiro que é Anderson e Day – além de me identificar muito com as questões familiares e negras dessa história. Fui pegando minhas curiosidades de infância e, depois, quis conhecer um pouco mais do mundo da luta MMA, assisti lutas de boxe em São Paulo e foi pura adrenalina!“, disse a atriz.
Segundo ela, a imersão foi levada para a sua vida. “Gostei tanto que, após a série, passei a lutar boxe inglês, além de intensificar na musculação. Tive uma composição de personagem bem madura pra atravessar três fases dessa história. Acho que a energia e o elenco da série me engajaram ainda mais, foi muito interessante. Eu espero que essa biografia do Anderson Silva possa inspirar muitas pessoas mundo afora”, celebra Larissa, que na época das gravações havia terminado de gravar a novela “Além da Ilusão” (TV Globo, 2022).
Atualmente gravando “Clube Spelunca”, a nova série de comédia da HBO/TNT/Warner, a atriz precisou colocar tranças para dar vida à Ludmila, a espevitada funcionária do clube da história e par romântico do protagonista interpretado por Eddy Junior.
Em breve Larissa poderá ser vista em outros dois trabalhos também como protagonista – ambos na Star +. Na série “Vidas bandidas”, Marina é uma jovem mãe que vê seus sonhos mudarem e é tragada pela própria realidade e violência da vida. Já em “Americana” ela interpreta Sebastiana, uma mulher extremamente talentosa e culta que foi escravizada e fruto de experimento social feito por sua antiga proprietária.
Enquanto a série não estreia, Larissa, que só assistiu o primeiro episódio, tem se mantido na adrenalina de poder compartilhar com o público uma nova história. “São dias bem ansiosos, logo reencontrarei o elenco pra vibrarmos juntos a estreia no streaming. O pouco que vi da série já reforça em mim a sensação de admiração com a nossa equipe, que produziu algo tão sensível e tecnicamente bem feito. Eu confio muito nas histórias que nos transformam. Confio no poder de emocionar o público, de ir junto. Então torço muito por isso, além de estar ali protagonizando com outros atores incríveis. Não vejo a hora do público maratonar”, anima-se a atriz.
Formada pela Escola de Arte Dramática (USP), Larissa Nunes destaca as principais características das personagens que estão por vir. “Dayane, de ‘Spider’, é uma mulher que protege sua família, que vai do perrengue ao conforto, é a maior parceira do Anderson e de alguma maneira precisou deixar seus próprios sonhos num segundo plano para atuar nos bastidores da vida dele, no auge de sua carreira.
Já Marina, em ‘Vidas Bandidas’ é uma jovem mãe que vê seus sonhos mudarem e precisa arranjar meios de sobreviver no meio de dois homens que querem se vingar – e ainda lutando pelo seu filho. “São mulheres apaixonadas. A mulher brasileira é isso. Ela se adapta, sobrevive e luta pelo seu desejo. Apesar de serem mulheres determinadas e emocionais, cada uma vive um contexto diferente”, conta a atriz, que estreou no streaming na série “3%” (Netflix).
Até bem pouco tempo Larissa estava mergulhada no universo da personagem Sebastiana, de “Americana”, para a qual teve aulas de tiro, piano e alemão. Falada em inglês e português, a série foi gravada em São Paulo sob direção de Maurílio Martins.
“O streaming tem sido um espaço muito generoso pro meu trabalho. É muito legal quando acreditam em você. Tenho vivido personagens que me desafiam a ser mais versátil, além de poder trabalhar com pessoas mais experientes. Eu tenho transformado mente, corpo, encontrando minha identidade porque acredito que quanto maior o desafio, mais preparo devemos ter”, observa Larissa.
A atriz já tem intimidade com o audiovisual, onde integrou as duas temporadas da série “Coisa Mais Linda” (Netflix) e atuando como Cleusa em “O Rei da TV” (Star +). “A série se passa nos anos 1970 e foi um projeto muito ousado na sua concepção, fazendo uma biografia tão vasta como a do Silvio Santos e eu interpretando a diretora dos programas dele. Sendo mais um trabalho de época, fico brincando que viajo no tempo (risos)!”, diverte-se a atriz.
Compositora desde os 12 anos, Larissa já lançou dois EP’s (“Larinu” e “Quando Ismália Enlouqueceu”) e, recentemente integrando o selo independente Mondé Musical, esteve no estúdio para compor música.
“Muitas pessoas ainda não sabem que sou cantora e compositora e lançar qualquer coisa agora vai ser recomeçar do zero. Bate um frio na barriga, mas espero que seja um bom recomeço. Meu berço foi o hip-hop, mas já faz um tempo que tenho ouvido muita coisa nova, gringa e brasileira, para me lançar no próximo trabalho. Acompanhem minhas redes sociais”, convida Larissa., que também integrou o espetáculo-show “Ícaro and The Black Stars”.
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