Ketanji Brown Jackson poderá fazer história ao se tornar a primeira mulher negra a ocupar um cargo de juíza na Suprema Corte norte-americana. O Comitê Judiciário do Senado dos Estados Unidos votou a favor da nomeação dela nesta segunda-feira (4). A moção foi aprovada por 53 votos a 47, mas para descartar a possibilidade de um impasse à nomeação, eram necessários ao menos 51 votos.
Os líderes republicanos e democratas do Senado concordam que a juíza é uma candidata bem qualificada, mas esperava-se que quase todos os senadores republicanos se opusessem a ela. Agora, o líder da maioria no Senado, o republicano Chuck Schumer, se moverá para quebrar uma obstrução do Partido Republicano a Jackson, levando a uma votação final de confirmação nesta quinta-feira (7) ou sexta-feira (8).
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Em fevereiro, o presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, escolheu Ketanji Brown Jackson como sua candidata à Suprema Corte. A decisão deu início a um processo histórico que com a confirmação da primeira mulher negra a ocupar o cargo no mais alto tribunal da nação. Quando Jackson foi confirmada no tribunal de apelação, ela teve o apoio de três senadores republicanos.
Atualmente, Jackson, de 51 anos, atua no Tribunal de Apelações dos EUA para o Circuito de D.C., depois de ter sido nomeada por Biden no ano passado. Antes disso, ela atuou como juíza distrital federal em Washington e trabalhou como defensora pública e vice-presidente da Comissão de Sentenças dos EUA. Uma das decisões mais notáveis dela na bancada federal foi em 2019. Na ocasião, ela ordenou que o conselheiro da Casa Branca da era do ex-presidente Donald Trump, Don McGahn, testemunhasse perante o Comitê Judiciário da Câmara como parte de sua investigação sobre a interferência eleitoral russa e declarou em sua decisão: “Os presidentes não são reis.”
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