Kamala Harris anuncia impulso comercial na Tanzânia durante turnê pela África

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A vice-presidente dos Estados Unidos, Kamala Harris, anunciou planos para aumentar o comércio e o investimento na Tanzânia durante uma visita ao país, na quinta-feira (30). A viagem faz parte de uma tour pela África com o objetivo de fortalecer os laços com um continente , onde a China e a Rússia mantêm cada vez mais proximidade.

Harris começou sua viagem no domingo em Gana, antes de voar na noite de quarta-feira (29) para a capital comercial da Tanzânia, Dar es Salaam, onde se encontrou com a presidente Samia Suluhu Hassan na quinta-feira). Elas deram declarações à mídia antes de entrarem em uma sessão privada.

“Trabalhando juntos, é nosso objetivo comum aumentar o investimento econômico na Tanzânia e fortalecer nossos laços econômicos”, disse Harris, listando uma série de iniciativas.

A parceria inclui um novo memorando de entendimento entre o Export-Import Bank dos Estados Unidos (EXIM) e o governo da Tanzânia. Isso facilitará até US$ 500 milhões em financiamento para ajudar as empresas americanas a exportar bens e serviços para a Tanzânia em setores como infraestrutura, transporte, tecnologia digital, clima e segurança energética e geração de energia.

A vice-presidente foi recebida no aeroporto pelo vice-presidente da Tanzânia, Philip Mpango. Foto: Ericky Boniphace/AP

Harris também mencionou uma nova parceria em tecnologia 5G e segurança cibernética, bem como um plano apoiado pelos EUA pela LifeZone Metals para abrir uma nova fábrica de processamento na Tanzânia para minerais que entram em baterias de veículos elétricos.

“Este projeto é um modelo importante e pioneiro, usando padrões inovadores e de baixa emissão. É importante ressaltar que os minerais brutos serão processados ​​em breve na Tanzânia, por tanzanianos”, disse ela, acrescentando que a planta forneceria níquel para baterias aos Estados Unidos. e o mercado global a partir de 2026.

A China investiu pesadamente na África nas últimas duas décadas e, em novembro passado, o presidente da Tanzânia se encontrou com o presidente da China, Xi Jinping, durante uma visita de Estado a Pequim.

O comércio e o investimento figuram fortemente em sua agenda, com os líderes concordando em “elevar o comércio bilateral e expandir ainda mais o volume comercial” e a China dizendo que explorará o acesso ao mercado para mais produtos tanzanianos. Harris deve permanecer na Tanzânia até sexta-feira, quando partirá para a Zâmbia, última parada de sua viagem.

DIREITOS POLÍTICOS

Na quinta-feira, a presidente Hassan disse que seu “pedido mais importante” era melhorar o processo de visto entre os EUA e a Tanzânia, já que ambos os países se beneficiariam de um “visto de longa duração” que aumentaria o comércio e o turismo.

Sob o governo de Hassan, a Tanzânia voltou ao envolvimento internacional após um período de isolacionismo imposto por seu antecessor John Magufuli, que cancelou todas as viagens de seus ministros ao exterior e desencorajou viagens. Ela ganhou elogios internacionalmente por restaurar os direitos políticos suspensos por Magufuli, que morreu no cargo em 2021.

“Senhora presidente, sob sua liderança, a Tanzânia deu passos importantes e significativos e o presidente Joe Biden e eu o aplaudimos”, disse Harris, ao lado de Hassan.

Kamala elogiou governo da presidente Hassan. Foto: STR / AFP / CP

Magufuli proibiu comícios políticos de qualquer pessoa que não fosse eleito, reprimiu a comunidade LGBT da Tanzânia e prendeu dezenas de apoiadores da oposição. Ele também rejeitou as vacinas COVID-19 e pediu aos tanzanianos que depositassem fé em orações e tratamentos como a inalação de vapor.

Hassan reverteu as políticas ao chegar ao poder e, no início deste mês, a Tanzânia ultrapassou a marca de vacinar totalmente 50% de sua população contra o coronavírus.

Mas grupos humanos dizem que as violações continuam, incluindo ataques do governo aos meios de comunicação online. O ministro da Educação de Hassan também baniu uma série de livros infantis das escolas no mês passado por supostamente promover a homossexualidade.

Por Nuzulack Dausen via Reuters

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