A Justiça do Rio de Janeiro decidiu que o rapper Mauro Davi dos Santos Nepomuceno, o Oruam, vai enfrentar um processo por tentativa de homicídio qualificado. A acusação envolve o delegado Mouzes Santana e o oficial Alexandre Alves, ambos da Polícia Civil, que teriam sido alvo de pedras arremessadas durante uma operação.
O caso aconteceu em 21 de julho, quando a Delegacia de Repressão a Entorpecentes (DRE) realizava o cumprimento de um mandado de apreensão contra um adolescente próximo ao artista. Policiais que participaram da ação afirmaram ter sido insultados e atacados com pedras por Oruam e outros jovens. No dia seguinte, o cantor foi preso e segue em regime de prisão preventiva desde então.

Ainda naquele período, Oruam publicou um vídeo no X (antigo Twitter), no qual declarou que havia sido coagido pelos agentes e negou as acusações, dizendo que apenas discutiu verbalmente com eles.
A decisão que reuniu os três processos em um só foi assinada pela juíza Tula Correa de Mello, da 3ª Vara Criminal da Capital. Ela destacou no despacho que os policiais estavam sem capacete ou qualquer proteção, o que teria ampliado o risco de ferimentos caso as pedras os atingissem.
Além do músico, também figuram na denúncia feita pelo Ministério Público do Rio de Janeiro (MPRJ) Willyam Matheus Vianna, Pablo Ricardo de Paula e Victor Hugo Vieira. Foi o próprio MPRJ que solicitou a unificação das ações.
O tribunal ainda rejeitou o pedido da defesa para revogar a prisão preventiva. Entre os motivos citados, está a possibilidade de fuga para áreas dominadas por facções criminosas, além do comportamento descrito como “desafiador” durante o episódio.
Com essa decisão, Oruam e os demais acusados permanecem presos enquanto aguardam o andamento do processo criminal.
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