Justiça bloqueia R$ 1,2 milhão de empresário que matou gari

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A Justiça de Minas Gerais determinou o bloqueio de até R$ 1,2 milhão em contas e aplicações financeiras do empresário Renê da Silva Nogueira Júnior e da esposa dele, a delegada Ana Paula Lamego Balbino Nogueira. Renê é réu confesso pela morte do gari Laudemir de Souza Fernandes, assassinado a tiros após uma discussão no trânsito, no dia 11 de agosto, em Belo Horizonte.

O bloqueio atende a um pedido feito pela filha de Laudemir, de 15 anos, que solicita indenização por danos morais, pensão mensal e custeio de sessões de terapia. A decisão também prevê o bloqueio de imóveis em nome do casal e acesso às declarações de Imposto de Renda. A viúva da vítima, Liliane França da Silva, entrou com uma ação judicial por danos morais contra Renê e Ana Paula, que ainda aguarda decisão.

A delegada Ana Paula, esposa de Renê, foi indiciada pela Corregedoria da Polícia Civil de Minas Gerais por prevaricação, já que a arma usada no crime pertencia a ela. Renê foi preso no mesmo dia do homicídio, em uma academia de luxo, e confessou o assassinato.

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Relembre o caso

O crime aconteceu na esquina das ruas Jequitibá e Modestina de Souza, em Belo Horizonte. Laudemir, que estava trabalhando na coleta de lixo, foi alvejado após o empresário exigir que o caminhão de lixo fosse retirado da via para que ele pudesse passar com seu veículo elétrico de luxo, modelo BYD.

Segundo testemunhas, havia espaço suficiente para passagem, mas Renê insistiu e chegou a ameaçar a motorista do caminhão. Diante da confusão, os garis tentaram intervir, mas o empresário disparou contra Laudemir, que foi socorrido pela Polícia Militar e levado ao hospital, onde não resistiu.

Laudemir de Souza Fernandes tinha 44 anos, era apaixonado pela profissão e aguardava uma promoção. Deixou uma filha adolescente, a namorada e uma enteada. Ele prestava serviços à prefeitura por meio de uma empresa terceirizada.

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