Um relatório da Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE), divulgado na última segunda-feira (3), aponta que Brasil ocupa o segundo lugar no ranking de jovens de 18 a 24 anos que não trabalham e nem estudam, ficando atrás apenas da África do Sul, com 46,2%.
A porcentagem de jovens no Brasil sem nenhuma ocupação foi de 35,9% aparecendo como segundo na pesquisa. Cientistas apontam que longos períodos de desemprego ou inatividade podem causar consequências duradouras, principalmente nessa faixa etária.
Um dos objetivos do levantamento é auxiliar na definição de políticas públicas voltadas para a educação técnica e superior, e busca voltar os olhos do governo para desigualdades sociais e situações de alto desemprego no país, onde 5,1% se encontram há mais de um ano nessa condição.
O estudo, que buscou avaliar as ocupações dos jovens de 18 a 24, período considerado transição para o mercado de trabalho, foi feito em 45 nações, incluindo Argentina, China, Índia, Indonésia, Arábia Saudita e África do Sul. O país também é o segundo com pessoas nessa faixa há mais de 12 meses sem nenhuma atividade.
Os dados foram coletados em 2021, durante o pico mais alto da pandemia, o que indica ter aumentando em 2022. O principal motivo dessa alta porcentagem, é a falta de oportunidade no mercado de trabalho após a conclusão do ensino médio ou faculdade. “Fica difícil para o Brasil querer entrar no clube dos ricos. São países que têm um IDH (Índice de Desenvolvimento Humano) bom. A gente também vê que esses países têm uma distribuição de renda maior, dão mais emprego e estudo para os jovens que queiram se preparar, diferentemente do Brasil”, observa Rócio Barreto, cientista político e diretor da Royal Politics.
O jovem que não possuir experiência durante o curso, dificilmente consegue se inserir no mercado após a formação, outros, por terem de trabalhar antes mesmo de ingressarem na faculdade, não possuem tempo para o estudo, portanto, por não possuírem qualificação, também ficam de fora do radar dos empregadores. Veja alguns cursos gratuitos.
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