Jogador do sub-20 do Fluminense é acusado de chamar gandula e adversário de “escravos”

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Durante um jogo no último sábado (14), entre Fluminense e Madureira pelo Campeonato Carioca sub-20, o jogador Arthur, do time tricolor, foi acusado de injúria racial. Segundo informações, o jovem de 19 anos prestou depoimento na 29ª Delegacia de Polícia, em Madureira, Rio de Janeiro, depois de ter chamado um gandula e um jogador do time adversário de “escravos”.

Imagens divulgadas nas redes sociais mostram um momento de confusão, quando o jogador é acusado de racismo. Segundo informações do Observatório da Discriminação Racial no Futebol, depois de xingar o gandula, o volante Edilson, do Madureira, defendeu o funcionário, quando também foi chamado de escravo.

A Polícia Militar confirmou em nota que o caso foi levado para a 29ª DP. Em entrevista ao Lance!, o gandula Jefferson Silva explicou o ocorrido. “Eu fui chamado de escravo por um jogador do Fluminense. Lamentavelmente, isso aconteceu após eu repor a bola para o nosso time. Ele disse: ‘Agora você quer trabalhar, né? Valeu, escravo.’ Eu questionei se ele achava certo me chamar de escravo e ele confirmou, na frente dos outros jogadores dele“, informou Jefferson.

Em nota, o time do jogador que nega as acusações, falou que vai colaborar com as autoridades.

O Fluminense acompanha de perto o caso envolvendo o atleta Arthur e informa que se colocou à disposição das autoridades para o pleno esclarecimento dos fatos. O clube reforça seu veemente posicionamento contra o racismo e reafirma que luta incansavelmente contra todo tipo de preconceito no futebol e na sociedade em geral”, diz a nota publicada no perfil do time no Threads.

O Madureira também se posicionou nas redes sociais. “O Madureira Esporte Clube repudia com veemência qualquer ato racista, em qualquer lugar e por quem quer que seja. É inaceitável que nos tempos atuais ainda temos que nos deparar com situações lamentáveis como a acontecida hoje em Conselheiro Galvão“, disse o time em nota.

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Bárbara Souza

Bárbara Souza

Carioca da gema, criada em uma cidade litorânea do interior do estado, retornou à capital para concluir a graduação. Formada em Jornalismo em 2021, possui experiência em jornalismo digital, escrita e redes sociais e dança nas horas vagas. Se empenha na construção de uma comunicação preta e antirracista.

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