Uma série de ataques de Israel contra um hospital em Gaza, na manhã desta segunda-feira (25), deixou 20 pessoas mortas, de acordo com informações do Ministério da Saúde de Gaza. Entre os mortos, as apurações identificaram quatro jornalistas, são eles: Mohammad Salama, cinegrafista da Al Jazeera, Hussam Al-Masri, da Reuters, Mariam Abu Dagga, da Associated Press e Moath Abu Taha, que fazia trabalhos como freelancer.
O ataque feito por mísseis ocorreu em dois momentos, o primeiro quando atingiu o quarto andar da unidade de saúde em Gaza; e pouco depois, quando já havia a presença de ambulâncias e socorristas no local, uma segunda leva de mísseis teriam sido disparada na direção do hospital, momento registrado pela Al Ghad TV, que mostrava a atividade dos agentes de saúde que trabalhavam nos resgates.

O exército israelence informou que não tem jornalistas como alvo, no entanto, de acordo com o Sindicato dos Jornalistas Palestinos, mais de 420 profissionais da imprensa perderam a vida por meio de ações do exército de Israel desde o início da guerra, em 7 de outubro de 2023.
O episódio de hoje acontece em meio a uma escalada na ofensiva de Israel em Gaza a fim de tomar por completo o território palstino. Segundo a Agência ds Nações Unidas para Refugiados Palestinos (UNRWA), entre milhares de mortos, os combates que já se arrastam há quase três anos, propiciaram uma devastação do território forçando 80% da população da palestina a deixarem o local.
Já de acordo com o Ministério da Saúde de Gaza, que é controlado pelo Hamas, cerca de 61 mil palestinos foram mortos no períoso. Outro recorte, desta vez feito pela Organização das Nações Unidas (ONU), aponta o agravamento da fome por conta de restrições severas à entrada de ajuda humanitária em Gaza. Segundo a instituição, mais de mil pessoas foram mortas enquanto buscavam por alimentos.
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