O irmão mais novo de George Floyd, morto pelo ex-policial Derek Chauvin em 2020, criticou a criação de uma petição para o presidente dos EUA, Donald Trump, perdoar o agente. Em entrevista à CNN norte-americana, Terrence Floyd pontuou que a discussão do caso que desencadeou o movimento Black Lives Matter, “é como reabrir uma ferida“.
Cinco anos depois do caso, a discussão ganhou espaço após o comentarista político e radialista Ben Shapiro publicar um vídeo no X (antigo Twitter) pedindo ao atual presidente Donald Trump, que perdoasse Derek Chauvin.

O ex-policial foi condenado a 22 anos e meio de prisão sob a acusação de crimes federais relacionados à assassinato em maio do mesmo ano em Mineápolis. De acordo com Ben Shapiro, George Floyd “estava sob efeito de fentanil” e “tinha uma condição cardíaca preexistente”. Ele também afirma que o homem dizia que não conseguia respirar “antes mesmo de sair do carro”.
O irmão mais novo se pronunciou sobre a família lidar com julgamentos de pessoas alegando que o fato aconteceu devido ao uso de drogas, que não houve o sufocamento com o joelho no pescoço.
“Temos que passar por isso desde 2020, tivemos que passar por todo o julgamento, ver as ações dele repetidamente, e as pessoas alegando que eram as drogas, que era isso, que não ia mostrar o joelho no pescoço. Tivemos que passar por tudo isso, todas as mentiras, todas as coisas nojentas nas redes sociais, e agora reviver para que eles tragam isso de volta“, disse.
A petição de que o ex-policial foi preso injustamente é que houve uma pressão aberta sobre o júri, para retornar o veredito de culpado. Diante da discussão, Terrence Floyd diz que não ficou surpreso com esse tipo de proposta: “Eu não fiquei surpreso ao ver isso, todas essas notícias sobre ele perdoando, ele fez isso com 6 de janeiro, então vamos continuar assistindo”.
O comentário faz referência ao perdão dado pelo presidente Donald Trump aos manifestantes que invadiram o Capitólio. Além disso, o empresário Elon Musk, apoiador de Trump, repostou a publicação do comentarista, em que pede o perdão de Chauvin, e comentou: “Algo para pensar”.
O presidente dos Estados Unidos disse que não ouviu nada sobre o ocorrido, quando questionado por repórter no Salão Oval.
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