Investigado pela morte da vereadora Marielle Franco e do motorista Anderson Gomes, após ser citado na delação premiada do ex-PM Élcio de Queiroz, outro envolvido no caso, Domingos Brazão vai receber R$ 581.400 mil reais por férias acumuladas. Domingos foi afastado do cargo de conselheiro do Tribunal de Contas do Estado do Rio (TCE-RJ) por seis anos, por suspeita de corrupção.
O ex-deputado receberá a quantia equivalente a 420 dias de férias, segundo informação publicada no Diário Oficial. Pelas regras do tribunal, cada conselheiro tem direito a 60 dias de férias por ano. Brazão foi preso na operação Quinto de Ouro, em 2017, e continuou recebendo seu salário de R$52 mil reais normalmente, até 2023, quando retornou ao TCE.
Domingos, poderia escolher entre tirar um ano e dois meses de férias, ou receber o valor de R$ 581.400. Brazão escolheu receber o valor de mais de meio milhão de reais. Atualmente, ainda responde ao processo no Supremo Tribunal de Justiça (STJ).
Antes de ser citado na delação de Élcio, Brazão chegou a ser investigado no caso do assassinato da vereadora e do motorista, por suspeita de ter usado um funcionário de seu gabinete no TCE-RJ, para levar outro investigado no caso, a prestar falso testemunho.
A defesa de Domingos informou ao G1, que o pagamento das férias é um direito que foi reconhecido pelo TCE. Já sobre as investigações no assassinato de Marielle Franco e Anderson Gomes, afirmou que se encontra à disposição da Justiça para prestar os esclarecimentos e negou que tem qualquer participação no caso.
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