Após ter sido vítima de racismo, a empresária e influenciadora Sarah Fonseca, de 28 anos, registrou queixa de racismo na Delegacia de Combate a Crimes Raciais e Delitos de Intolerância (Decradi), no Centro do Rio, nesta terça-feira, 8. Em vídeo publicado nas redes sociais, Sarah diz que ela se aproximava do namorado para pegar as chaves do apartamento quando o funcionário da padaria Baked se aproximou e disse que era para ela se afastar do local que fica Ipanema, na Zona Sul do Rio. O caso ocorreu na segunda-feira, 7.
“Meu namorado, a mãe e o marido dela estava sentados na mesa do @baked.padaria na calçada. Atravessei a rua e fui na direção da mesa deles porque precisava pegar a chave do apartamento com o Valentin porque precisava ir pra casa trabalhar. Assim que cheguei na mesa, mal consegui falar uma frase “I forgot the key with you”, o funcionário da @baked.padaria apareceu do meu lado super rápido falando pra eu sair como se eu tivesse “perturbando” eles (?). Eu fiquei em choque, me senti HUMILHADA na frente de todos! Eu não consigo descrever a raiva que eu to sentindo. Ele achou que eu estava fazendo o que? Por que eu deveria sair? Depois que eu me exaltei e gritei com ele, ele começou a dizer que eu estava enganada, que não era nada daquilo. Normal, né? Nunca é injúria racial. Deve ser coisa da nossa cabeça. Já estou em contato com advogada e já estou fazendo o BO. Isso não vai ficar assim!”, contou Sarah em postagem nas redes sociais.
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Em nota, a padaria Baked disse que ficaram “completamente indignados” com a atitude do segurança e que não é contratado da empresa, mas de um prestador de serviços terceirizado. Além disso, afirma a nota que já entraram em contato com a Sarah para prestar todo atendimento necessário. “Lamentamos muito que um ato como esse possa ter acontecido, principalmente em nossa loja, e reiteramos que tal postura é totalmente contrária aos valores da empresa. A Baked repudia toda e qualquer discriminação”, afirma o comunicado.
Vale destacar que racismo é crime previsto na Lei 7.716/89 e sempre deve ser denunciado. A legislação define como crime a discriminação pela raça, cor, etnia, religião ou procedência nacional, prevendo punição de 1 a 5 anos de prisão e multa aos infratores. A denúncia pode ser feita tanto pela internet, quanto em delegacias comuns e nas que prestam serviços direcionados a crimes raciais, como as Delegacias de Crimes Raciais e Delitos de Intolerância (Decradi), que funcionam em São Paulo e no Rio de Janeiro.