Indonésios invadem perfis de Lula após críticas de brasileiros no caso Juliana Marins

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Após a repercussão internacional da morte da brasileira Juliana Marins na Indonésia, internautas indonésios começaram a invadir os perfis oficiais do presidente Luiz Inácio Lula da Silva nas redes sociais. A movimentação foi uma reação às críticas feitas por brasileiros à atuação do governo indonésio durante o resgate da jovem, que morreu após cair durante uma trilha no Monte Rinjani e permanecer quatro dias aguardando socorro.

Nos comentários deixados nas publicações de Lula, os indonésios responderam com ironia e mensagens provocativas. Entre as frases mais recorrentes estão “Vai cuidar do seu povo antes de criticar o nosso presidente” e “Juliana causou a Terceira Guerra Mundial”. Alguns usuários ainda compararam a situação com acidentes ocorridos no Brasil, mencionando ironicamente casos envolvendo balões e desastres ambientais.

Comentários em perfil oficial de Lula Crédito: Reprodução

A mobilização nas redes sociais ocorre após a comoção gerada no Brasil, onde familiares e amigos de Juliana acusam as autoridades indonésias de negligência. A jovem foi localizada somente quatro dias após a queda, em uma área de difícil acesso no vulcão Rinjani. Relatos de testemunhas indicam que ela ainda estava com vida por várias horas após o acidente, o que contraria a versão apresentada pela equipe médica que realizou a autópsia, segundo a qual Juliana teria morrido em até 20 minutos após o impacto.

A reação dos indonésios nas redes também se deu após brasileiros comentarem em perfis de autoridades do país asiático, pedindo esclarecimentos e criticando a condução do resgate. Como resposta, parte da população local passou a defender seus serviços de salvamento e a responsabilizar a própria vítima pelo acidente.

O episódio evidencia o impacto da opinião pública nas redes sociais em casos com repercussão internacional, além de escancarar tensões diplomáticas e culturais diante de tragédias envolvendo cidadãos em território estrangeiro. O Itamaraty segue acompanhando o caso, e o governo federal brasileiro anunciou que custeará o traslado do corpo de Juliana ao Brasil.

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