Injúria racial: homem que chamou vizinha de ‘preta e macaca’ é preso em Mina Gerais

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Um homem, que foi filmado chamando uma vizinha de ‘preta, macaca’ em Boa Esperança, Minas Gerais, foi preso. Célio Donizete Custódio, de 53 anos, se entregou na Delegacia da Polícia Civil da cidade na tarde de quarta-feira (31), após ficar três dias foragido, já que a justiça emitiu um mandado de prisão contra o suspeito no último domingo (28).

Segundo a polícia, a prisão preventiva do homem, que vai responder por injúria racial, foi realizada e em seguida, foi encaminhado para o sistema prisional. O caso aconteceu na tarde da última sexta-feira (26), na casa da vítima, e as imagens começaram a circular na internet. Nas imagens ele aparece bastante alterado apertando a campainha da casa diversas vezes, gritando ofensas racistas.

Homem é filmado ao gritar com vizinha xingando de ‘preta e macaca’ em MG /Foto: Reprodução/ Redes sociais

A mulher pede para ele parar com os xingamentos pois sua filha assustada e chorando. Célio foi conduzido à delegacia logo após o caso, mas acabou sendo liberado.

Ele alegou que havia sido vítima de homofobia, sendo assim foi instaurado um inquérito policial, para apurar o caso. Cerca de um dia depois o crime de injúria racial foi confirmado, e foi feito o pedido de prisão contra ele, mas Célio já havia deixado a cidade. Após se entregar, o suspeito passou por uma audiência de custódia, nesta quinta-feira (01), mas a prisão foi mantida.

Ainda de acordo com a Polícia Civil, o suspeito irá responder pelos crimes de injúria racial cinco vezes. Conforme a polícia, ele teria praticado cinco crimes deste tipo em dois dias, contra três vítimas diferentes.

“Vale destacar que, durante a investigação policial, foi possível comprovar que o autor não praticou apenas um crime de injúria racial contra uma única vítima. Foi comprovado que ele praticou cinco crimes injúria racial contra três vítimas diferentes, em dois dias diferentes. Cada um desses crimes tem pena prevista de dois a cinco anos de prisão”, disse o delegado Alexandre Boaventura.

Se ele for condenado por todos esses crimes, ele pode pegar uma pena mínima de 10 anos e uma pena máxima de 25 anos.

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