O jovem de 22 anos, Cayo Lucas Rodrigues dos Santos, foi preso essa semana em Olinda (PE), suspeito de ter forjado um mandado de prisão contra o youtuber e influenciador digital Felca. De acordo com as investigações da Polícia Civil, o homem atuava junto a um grupo que cometia crimes digitais como invasão de sistemas e crimes sexuais, tópico denunciado pelo Felca que ganhou forte repercussão no noticiário brasileiro e chamou atenção das autoridades.
Ainda segundo as apurações da Polícia, Cayo atuava usando nomes fictícios como “F4llen” e “Lucifage”, o hacker ainda é suspeito de liderar um grupo criminoso chamado “Country”. Felca teria se tornado alvo da quadrilha por retaliação, após a publicação do vídeo que traz a tona práticas ilegais que promovem a sexualização de crianças no meio digital e denuncia uma rede de pedofilia; material que posteriormente levou a prisão do também influenciador, Hytalo Santos, que é conhecido por monetizar esse tipo de conteúdo.
De acordo com o Núcleo de Observações e Análise Digital vinculado a Secretaria de Segurança Pública de São paulo (SSP), ao acessar os sistemas de órgãos públicos, o homem manipulava documentos oficiais e constatou também que em um desses acessos, Cayo teria emitido em nome do Poder judiciário, a inserção de um mandado de prisão contra Felipe Bressanim, o Felca, no Banco Nacional de Mandados de Prisão (BNMP).
No conteúdo do documento, consta a afirmação de que a prisão do influencer seria deferida em função de “garantir a ordem pública e a segurança das vítimas” e atribui ao Felca “crimes contra a dignidade sexual de menores”, citações que basicamente espelham os assuntos abordado pelo youtube no vídeo “adultização”. Além de Felca, as autoridades estimam que pelo menos 400 pessoas tenham sido vítimas de Cayo e da quadrilha.
Leia também: Câmara pauta projeto que regula redes sociais para crianças
