EUA é o país com a maior população carcerária do mundo, com 2,1 milhões de pessoas
Por Danilo Lima
Um homem negro foi libertado da prisão nos Estados Unidos depois de cumprir 44 anos de uma condenação sem provas. Ronnie Long, vestindo um terno escuro, gravata vermelha e um chapéu, saiu da prisão depois de uma longa luta para provar sua inocência. “Foi uma estrada muito longa, mas acabou. Agora acabou”, falou Ronnie a repórteres ao ser libertado.
Long, agora com 64 anos, foi acusado de estuprar uma mulher branca. O júri composto somente por pessoas brancas o condenou a prisão perpétua por roubo e estupro em 1976. As impressões digitais e o sêmen da cena do crime não corresponderem ao do acusado, por isso essa condenação foi cancelada na última quinta-feira, após o estado da Carolina do Norte entrar com ação no tribunal federal americano, pela juíza Stephanie Thacker, do Tribunal de Recursos do Quarto Circulo dos Estados Unidos.
Usando uma máscara com a frase free Ronnie Long (Liberte Ronnie Long), ele se lembrou de seus defensores e seus familiares por preservarem sua longa batalha por liberdade e ergueu as mãos para a multidão. Uma pesquisa da Universidade Cornell, nos Estados Unidos, revela que 45% dos americanos possuem algum parente próximo (pai, mãe, irmão ou cônjuge) que já passou algum tempo na prisão. EUA é o país com a maior população carcerária do mundo, com 2,1 milhões de pessoas, segundo a pesquisa divulgou em 2019.