Após câmeras de segurança flagrarem um homem de 21 anos agredindo sua namorada, de 22 anos, com 12 socos no rosto, na última segunda (10), em um estabelecimento comercial do centro de São Paulo, a Polícia Militar prendeu o homem em flagrante por violência doméstica e lesão corporal. A informação foi confirmada pela Secretaria de Segurança Pública de São Paulo (SSP), que está apurando os fatos.
De acordo com o Boletim de Ocorrência, ao qual o Notícia Preta teve acesso, a Guarda Civil Metropolitana e a Polícia Militar (PM) foram acionadas para atender a ocorrência. Durante a abordagem, foram utilizadas algemas para conter o suspeito e a munições químicas para dispersar o tumulto. Em seguida, as vítimas e as testemunhas foram encaminhadas à 1ª Delegacia de Defesa da Mulher (DDM-Centro), para prestarem depoimento. Também foram solicitados exames ao Instituto Médico Legal (IML), para a vítima.
O agressor cumpria pena em regime aberto por roubo e tinha uma filha de dois meses com a vítima. No vídeo, divulgado nas redes sociais no dia da agressão, é possível visualizar uma série de socos destinados à vítima, que caminhava por um supermercado junto ao agressor. Após a análise das imagens, a polícia realizou a prisão em flagrante, que foi convertida em prisão preventiva após a audiência de custódia.

Segundo a apuração do portal G1, o agressor se chama Ítalo Kauan de Jesus Oliveira, e vítima teria negado as agressões, afirmando que os dois teriam apenas discutido, além de negar a medida protetiva contra o suspeito. Ele, por sua vez, também negou as agressões físicas e alegou que os dois apenas se desentenderam, além de afirmar que foi agredido pela PM. Os policiais negam a alegação.
Alto índice de violência contra a mulher
Segundo a pesquisa “Visível e Invisível: a vitimização de mulheres no Brasil”, do Instituto Datafolha, em média 27,6 milhões de mulheres no Brasil já foram vítimas de algum tipo de violência por parte de parceiros. Os dados coletados nos últimos 12 meses pela pesquisa demonstraram que 58,1% das mulheres entrevistadas afirmaram que as violências partiam de parceiros ou ex-companheiros, sendo eles os principais agressores. Ainda de acordo com o estudo, a maioria das vítimas, sendo 45% delas, relatam não denunciar as agressões.
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