Homem branco paga R$ 10 reais para bater de cinto em homem negro em situação de vulnerabilidade

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Um vídeo que começou a viralizar nas redes sociais logo após as comemorações do Dia da Consciência Negra nesta quarta-feira (20), mostra um homem branco chicoteando um homem negro em situação de vulnerabilidade, com um cinto. O caso aconteceu em Itaúna, na região Centro-Oeste de Minas Gerais. O conteúdo agressivo fica ainda mais sensível quando o agressor afirma que está pagando R$ 10 para o homem ser agredido.

Isso aí não é escravidão, não. Não é pela cor dele. Todo mundo é preto, todo mundo é branco, todo mundo é cor de rosa”, diz o homem branco no vídeo, antes de agredir a vítima que segundo moradores da cidade, de acordo com apurações de jornais locais, é conhecido como Djalma.

O vídeo está circulando nas redes sociais e causando revolta/Foto: Reprodução

No vídeo, também é possível ouvir a pessoa que está gravando, rindo enquanto o homem branco agride o outro. Ao final, ele entrega o dinheiro para o homem negro.

O Notícia Preta entrou em contato tanto com a Polícia Militar da região, quanto com a Polícia Civil de Minas Gerais, que informou em nota, que o caso está sendo investigado.

A Polícia Civil de Minas Gerais (PCMG) informa que instaurou procedimento investigativo para apurar todas as circunstâncias relacionadas ao caso. Durante as diligências, o suspeito, residente em Pará de Minas, foi identificado e intimado a prestar esclarecimentos. A vítima, residente em Itaúna, também foi identificada e será ouvida nos próximos dias“, a firmou a polícia.

Ainda segundo a polícia as investigações apuram a ocorrência dos crimes de racismo e tortura, e “seguem em andamento na Delegacia de Polícia Civil em Itaúna“. O departamento finaliza a nota informando que outras informações serão divulgadas em outro momento.

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Bárbara Souza

Bárbara Souza

Formada em Jornalismo em 2021, atualmente trabalha como Editora no jornal Notícia Preta, onde começou como colaboradora voluntária em 2022. Carioca da gema, criada no interior do Rio, acredita em uma comunicação acessível e antirracista.

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