O ministro da fazenda, Fernando Haddad, disse em entrevista nesta segunda-feira (5) que o governo repaginou programa que visa baratear o preço de carros populares e será voltado para transportes coletivos e transportes de carga.
“A gente repaginou. Ficou mais voltado para transporte coletivo e de carga, mas o carro também está contemplado”. Disse o ministro em rápida coletiva em Brasília.
O governo havia anunciado uma proposta para reduzir impostos e baixar o preço final dos carros populares com valor final de até R$120mil em 10,96%. Os carros populares subiram de preço com a inflação, chegando a custar R$68 mil, o mais barato. Com a proposta, alguns carros cairiam para um valor abaixo de R$60 mil.
O Ministério da Fazenda pretende antecipar a reoneração do diesel para bancar os custos do pacote. O valor poderia chegar a R$1,5 bilhão. Os descontos em tributos sobre o combustível estavam previstos para ir até o fim do ano.
Opositores criticaram a medida por não priorizar transporte públicos e carros poluírem o meio ambiente e gerar mais trânsito. É válido lembrar que o governo Dilma, em 2013, teve o estopim da crise após protestos devido a valores de passagens de ônibus.
Na ocasião, a população saiu às ruas protestando pelo valor das passagens em junho de 2013, e dali em diante surgiram vários outros protestos contra o governo petista. Em 2014, Dilma Rousseff conseguiu a reeleição, mas sofreu um impeachment em 2016.
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Outra frente que o programa visa contemplar, são os veículos de carga. Algumas categorias dos caminhoneiros fizeram parte da base bolsonarista durante os anos do governo anterior e participavam de atos e protestos a favor de Jair Bolsonaro (PL). Os caminhoneiros bloquearam as estradas em todo o país após a eleição do presidente Luís Inácio Lula da Silva (PT).