Silvinei Vasques foi exonerado do cargo de Diretor-Geral da Polícia Rodoviária Federal (PRF) pelo presidente Jair Bolsonaro (PL). O desligamento do militar foi publicado no Diário Oficial da União na edição desta terça-feira (20).
Silvinei virou réu em novembro, por improbidade administrativa, quando foi acusado de pedir votos irregularmente para o então candidato à reeleição, Jair Bolsonaro. Além disso, ele também é investigado por descumprir ordem do Supremo Tribunal Federal, no dia 30 de outubro, segundo turno das eleições.
No dia, barreiras da PRF foram realizadas em rodovias, abordando ônibus com eleitores, principalmente no Nordeste do país, região onde o presidente eleito, Luis Inácio Lula da Silva (PT) foi mais votado. Por outro lado, se omitiu quando bolsonaristas realizaram bloqueios ilegais em rodovias federais por todo país.
O Ministério Público Federal (MPF) pediu a exoneração de Silvinei, argumentando que ele usava o cargo de forma indevida e, durante a corrida presidencial, o agente da PRF, no entendimento dos procuradores, pediu votos de forma irregular para o candidato Bolsonaro.
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Em sua defesa, Silvinei, em depoimento à Polícia Federal (PF), disse que não agiu com motivação política nos casos das abordagens aos ônibus de eleitores no Nordeste e em relação à omissão com os bloqueios ilegais de bolsonaristas nas estradas federais.