Governo define cotas em concursos: 25% para pessoas negras, 3% indígenas e 2% quilombolas

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O presidente Lula assinou o decreto que define a distribuição das cotas raciais em concursos públicos. A medida é um complemento à lei aprovada no início deste mês que amplia para 30% o número de vagas para sessões públicas. De acordo com a nova regulamentação, 25% das vagas serão destinadas para pessoas negras (pretas e pardas), 3% para indígenas e 2% para quilombolas e as regras serão válidas para concursos e sessões públicas em órgãos da administração pública federal, autarquias e empresas de economia mista controladas pela União.

Cotas raciais: Governo federal define distribuição para concursos públicos -Foto: Nappy


Regras de distribuição

De acordo com as regras, se eventualmente não houver candidatos suficientes de um grupo, as cotas serão redistribuídas entre os demais, o que significa dizer por exemplo que em um determinado processo não tiver pessoas pretas o suficiente, as vagas serão destinadas a pessoas indígenas e quilombolas respectivamente, seguindo ordem de prioridade e de ampla concorrência em último caso. Ainda segundo o decreto, o candidato que se encaixar em mais de um perfil, concorrerá conforme ordem prioritária e também em ampla concorrência e caso atinja nota alta o suficiente no geral, deixa de ocupar a vaga reservada.

Autodeclaração

Para concorrer através das cotas, os candidatos(as) devem se autodeclarar preto indigena ou quilombola no momento da inscrição de acordo com a classificação praticada pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatísticas (IBGE). No caso de pessoas negras, por exemplo, a validação virá mediante a uma banca avaliadora que conta com cinco membros. Indígenas e quilombolas também têm comissões específicas para validação além de documentações específicas como: Carteira de identidade, declaração de comunidade entre outros que constam no Cadastro ÚNICO de Programas Sociais (CadÚnico).

Leia também: Lula sanciona lei que amplia para 30% cotas para negros em concursos

Erick Braga

Erick Braga

Formado em jornalismo no ano de 2023 pela Universidade São Judas Tadeu,criado no interior da Bahia e residindo desde 2012 em São Paulo, acredita no jornalismo profissional como ferramenta de transformação social e combate a desinformação.

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