Gautier Lee dirige “Samba às Avessas”, álbum visual da cantora Pâmela Amaro

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“Fazer o filme do Samba às Avessas foi um desafio como nenhum outro”, relata a diretora Gautier Lee sobre o álbum visual “Samba às Avessas” da sambista Pâmela Amaro. Com o roteiro de Ana Moura, inspirado e baseado no disco, a pré-estreia do longa será na quinta-feira, 22 de setembro, na Cinemateca Capitólio em Porto Alegre (RS). 

Gautier é roteirista e diretora – Foto: Rafael Bede/Divulgação

De acordo com Gautier, as referências para a criação do álbum visual vieram de filmes e, principalmente, vídeo clipes e perfomances de artistas negros. A diretora explica que assistiram diversos trabalhos de músicos negros brasileiros para compreenderem as referências que utlizariam para a construção estética e narrativa do longa. Entre os artistas, Lee cita Baco Exu do Blues, Milton Nascimento, Criolo, Xênia França e Mc Tha.

Em “Samba às Avessas”, Pâmela Amaro tem como objetivo  afirmar a importância do papel da compositora, pois acredita que ela colabora na (re)construção do imaginário positivo e humanizado acerca da pessoa negra. Assim, a artista usa a música para contar histórias e espalhar mensagens de afirmação de um futuro próspero para grupos étnicos atingidos pelo racismo. O conteúdo da obra é pautado nas experiências da Pâmela, o que culminou em um material extremamente íntimo e pessoal, exigindo  de Gautier uma “delicadeza extra” para construir o projeto de forma que abrangesse todos os tópicos abordados por Pâmela. 

Neste sentido, Pâmela usa a música para contar histórias e espalhar mensagens de positivação e afirmação de um futuro próspero para grupos étnicos atingidos pela estrutura do racismo. Das doze faixas do disco, nove são de sua autoria. A composição, segundo a artista, é uma forma de exaltar o feminino sagrado, plural e complexo. “Para além de esposas e donas do lar, somos mães, avós, lideranças, empreendedoras e carregamos sonhos, dissabores, lutas e emoções que já não devem mais ser escondidos”.

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Quando já estava com o roteiro de Ana Moura em mãos, Gautier diz que o processo foi “quase como montar um mosaico que unisse o trabalho já consolidado da Pâmela fazendo referência às outras mulheres sambistas e trazendo sempre a ancestralidade negra que nos liga”, finaliza.

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