Flamengo não assina manifesto antirracista: “relações institucionais com a Conmebol devem ser conduzidas pela CBF”

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O flamengo não assinou manifesto antirracista contra a fala do presidente da Conmebol, Alejandro Dominguez, sendo o único a não assinar, entre os 17 clubes da Liga do Futebol Brasileiro (Libra). Entretanto, a instituição se manifestou em nota oficial nesta quinta-feira (20), e disse entender que: “as relações institucionais com a Conmebol devam ser conduzidas pela CBF”.

Dominguez disse que a possível ausência de times brasileiros na Copa Libertadores seria como o “Tarzan sem a Chita”. Afala repercutiu tomou conta do debate público do futebol e 16 clubes da Libra, com exceção do flamengo, assinaram manifesto contra a fala. Atlético-MG, Bahia, Grêmio, Palmeiras, Red Bull Bragantino, Santos, São Paulo, Vitória, Ferroviária, Paysandu, Remo, Volta Redonda, ABC, Brusque, Guarani e Sampaio Corrêa assinaram o documento.

“O Flamengo luta contra qualquer forma de racismo e discriminação há muito tempo e reafirma seu compromisso no combate estrutural ao racismo no futebol e na sociedade. No entanto, entendemos que as relações institucionais com a Conmebol devam ser conduzidas pela CBF, entidade que representa oficialmente os clubes brasileiros nos torneios sul-americanos”, diz nota do Flamengo.

Flamengo foi o único da Libra que não assinou manifesto antirracista contra a fala do presidente da Conmebol, Alejandro Dominguez – Foto: Andre Barcellos/Pexels.

Apesar de não assinar uma nota que pede medidas efetivas, o clube diz que “no Flamengo, o combate ao racismo vai muito além do discurso“.

Os outros 16 clubes formalizaram na nota o repúdio a fala de Domínguez:

“A gravíssima declaração de Dominguez traz à tona o evidente preconceito enraizado no ambiente do futebol, reforça estereótipos racistas, perpetua a desumanização de pessoas negras, além de demonstrar total insensibilidade em relação a temas de extrema urgência, como o combate ao racismo e a promoção da diversidade no futebol.

Os clubes brasileiros reafirmam seu compromisso com a luta contra o racismo e com a promoção de um futebol inclusivo e respeitoso. Não aceitaremos calados nenhum tipo de discriminação, seja em campo, nas arquibancadas ou nas declarações de dirigentes”, diz trecho da nota.

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Thayan Mina

Thayan Mina

Thayan Mina, graduando em jornalismo pela UERJ, é músico e sambista.

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