O clima cultural da Zona da Mata Norte de Pernambuco vai agitar a web, nesta sexta-feira (16). A data marca a estreia do Festival CANAVIOLA – evento dedicado à música popular de viola e cultura popular, de origem da região canavieira.
Um total de 16 artistas, entre cancioneiros, violeiros, coquistas, cirandeiros e mestres de maracatu prometem animar o público de casa. A programação mistura danças, expressões artísticas e música em diferentes gêneros, como forró pé de serra, coco de roda, maracatu rural, entre outros.
O evento homenageia o poeta Bio Caboclo – anfitrião do festival, que faleceu vítima de complicações de saúde, em fevereiro deste ano. O público vai poder acompanhar a programação, gratuitamente, pelo canal do YouTube do Grupo Cultural Caboclo, ou pelo perfil do Instagram. Os shows contarão com tradução da Língua Brasileira de Sinais (Libras).
O Festival CANAVIOLA nasce da força e da importância de uma atividade cultural expressiva e centenária, representada pela figura do poeta repentista.
“Este é um espaço para preservar a nossa música, mas, sobretudo, a garra e força dos nossos artistas. São eles os responsáveis pela preservação do Patrimônio Cultural da música de viola e cultura popular. Queremos ir além do festival, buscamos ser um instrumento de incentivo aos novos talentos”, conta o produtor cultural e coordenador do festival, Josivaldo Caboclo.
Festival reúne artistas das cidades de Vitória de Santo Antão, Caruaru, Machados, Feira Nova, Lagoa do Itaenga, Orobó, Vicência e Paudalho. São eles: Ramos da Saudade e Manuel Mariano; Rogério Menezes e Edvaldo Zulu; Raulino Silva e Severino Dionísio; Zominho Soares e João Bernardo; Biu Tomaz e Djalma Faustino; Vem Vem e Patury: Papa Capim e Topogígio.
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A festa também terá participação de Baixinho dos 8 Baixos. Destaque para apresentação cultural de coco de roda com Josuel Caboclo – um dos filhos do poeta Bio Caboclo.
Homenagem
Esta edição do Festival CANAVIOLA é dedicada à memória e legado cultural do poeta Bio Caboclo. Ele, que foi pioneiro na participação das brincadeiras de cultura popular da região da Zona da Mata, como mestre de maracatu rural, coco de roda, ciranda e viola.
Ao longo de sua vida artística buscou consolidar sua carreira em Lagoa de Itaenga, município onde residia. Dentro do universo da arte, sua maior paixão era a criação de versos de improviso, talento que nasceu autodidata, sem necessidade de ir à escola ou à faculdade.