CLT em baixa: falta de adesão de jovens provoca escassez de mão de obra na indústria

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Um levantamento realizado pelo Intituto Datafolha, a pedido da Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (FIESP), aponta a baixa procura, principalmente por parte dos mais jovens, por vagas do regime da Consolidação das Leis do Trabalho (CLT). Segundo o Datafolha, 59% dos brasileiros preferem trabalhar por conta própria, enquanto 39% preferem um contrato vinculado a alguma empresa, praxe consolidada no regime tradicional.

CLT em baixa: Falta de adesão entre jovens provoca escassez de mão de obra na indústria, aponta pesquisa – Foto: Marcelo Camargo/ Agência brasil

O estudo ainda aponta ainda que desde 2002 saltou para 31% o número de pessoas que consideram mais importante ter ganhos maiores do que necessariamente se sentirem relativamente seguras no modo CLT, taxa anterior era de 21%, no mesmo intervalo de tempo, os que preferem a carteira assinada caiu de 77% para 67%, concluiu a pesquisa.

“Acredito que, atualmente, as empresas têm exigido um nível de intermediário a superior desses candidatos como inglês avançado, pós-graduação, uma experiência vasta; e muitas vezes, o salário não corresponde ao nível de exigência. Isso acaba levando o trabalhador a pensar em alternativas e, normalmente, tem sido investir no próprio negócio”, refletiu a Advogada trabalhista Victoria Figueiredo em entrevista ao Notícia Preta.

Relação da nova geração com o trabalho e escassez de mão de obra

Um dos levantamentos da FIESP alerta para a falta de mão de obra no setor industrial. Segundo a pesquisa, 20,5% das empresas que procuraram novos funcionários entre o início de 2024 e março deste ano, não conseguiram contratar.

77% das empresas ouvidas classificaram o processo como difícil ou muito difícil. para a advogada Victória Figueiredo, as novas tecnologias são melhores absorvidas pelas novas gerações de trabalhadores e o país enfrenta uma mudança de cultura e de perfil dessas pessoas e a tendência é que as empresas se adaptem a esse acontecimento.

“O mercado de trabalho tradicional vai ter que se adaptar e acredito que o próprio governo terá que viabilizar meios e incentivos de qualificação profissional. Isso vai acabar moldando a estrutura cultural das empresas, aquela cultura tradicional vai acabar se adaptando a nova era. a era mais flexível a era tecnológica“, projetou.

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Erick Braga

Erick Braga

Formado em jornalismo no ano de 2023 pela Universidade São Judas Tadeu,criado no interior da Bahia e residindo desde 2012 em São Paulo, acredita no jornalismo profissional como ferramenta de transformação social e combate a desinformação.

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