O ex-presidente do Banco Central (BC), Arminio Fraga sugeriu que o Brasil deveria, “congelar o salário mínimo em termos reais” por seis anos, em fala durante uma palestra na Brazil Conference, realizada no último sábado (12) nas universidades Harvard e MIT, nos Estados Unidos. Arminio foi presidente do BC entre 1999 e 2003, indicado pelo presidente da época, Fernando Henrique Cardoso.
Para o economista, a Previdência Social, que paga as pensões e aposentadorias tem pesado no orçamento público. E para ele há a tendência de piora devido a demografia social brasileira e as regras atuais que para ele deveriam ser reformadas:
“Eu acho que precisa de uma reforma grande. Uma boa já seria, provavelmente a mais fácil, congelar o salário mínimo em termos reais. Seis anos congelados já ajudaria”, afirmou o ex-presidente do BC.

A fala repercutiu entre especialistas e trabalhadores que reivindicam melhores salários e outra soluções, pois o congelamento seria não ter aumento do salário mínimo acima da inflação.
No primeiro ano de governo em 2023, o governo Lula a regra de valorização do salário mínimo era: Correção pelos inflação acumulada dos 12 meses até novembro do ano anterior (para repor a inflação), mais o crescimento real do PIB de dois anos antes. Entretanto apesar de manter um ganho real, no fim de 2024 o governo Lula limitou o crescimento do salário mínimo a 2,5% acima da inflação.
Por outro lado, Fraga defendeu o aumento do investimento na saúde pública. Ele disse que os políticos deveriam se alertar, pois, “no Brasil, as pessoas ainda sonham com planos de saúde”.
Para ele o Brasil deveria realinhar o gasto público, porque o Sistema Único de Saúde (SUS) gasta apenas “4% do Produto Interno Bruto (PIB)” se comparado a outros países é muito pouco, especialmente a Inglaterra que gasta o equivalente a 24% do PIB com saúde.
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