Em comemoração ao Dia Internacional da Mulher Negra Latino-Americana e Caribenha, o Coletivo Madalena Anastácia realiza, nesta segunda-feira (29), no casarão do Centro de Teatro do Oprimido, na Lapa, mais uma edição do Julho Negra. O evento cultural reúne mulheres, artistas e personalidades negras para visibilizar a vivência, a resistência e a potência do ativismo criativo das mulheres negras, responsável pela criação de futuros infinitos através da arte.
Nesta 4a edição, o evento celebra o encerramento do projeto “Anastácia em Movimento”, que circulou com a peça de Teatro-Fórum “Nega ou Negra?” em espaços culturais e educacionais da cidade. A peça é o segundo trabalho do coletivo, e mergulha nas complexidades do racismo, machismo e cultura do estupro presentes em discursos cotidianos, incluindo até mesmo na música popular brasileira.
O projeto promoveu discussões cruciais sobre a representatividade e o poder das mulheres negras, adotando uma abordagem contra-hegemônica de gênero e raça, por meio do poder do Teatro das Oprimidas.
A Roda de Conversa: Raça, Mulheres e Movimento é um espaço dedicado ao diálogo sobre as interseções entre raça e gênero, examinando como esses elementos moldam as vidas das mulheres racializadas no Brasil e no mundo. A conversa busca explorar os desafios enfrentados por essas mulheres na sociedade, discutir estratégias de resistência e promover o movimento antirracista.
Participam: Rachel Nascimento, professora, artivista e mestre em relações étnico-raciais; Mariama Bah, produtora cultural e ativista migrante, e Maria Izabel Monteiro, Presidenta do Sindicato das Trabalhadoras Domésticas.
O evento contará ainda com exposição artística e performances. O projeto Anastácia em Movimento foi contemplado pelo Edital Ações Locais – Edição Paulo Gustavo, do Governo Federal, Ministério da Cultura, Prefeitura da Cidade do Rio de Janeiro e Secretaria Municipal de Cultura.
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