Depois de passar 38 anos em situação análoga à escravidão, Madalena Gordiano comemorou seu primeiro aniversário no último domingo (11), em Patos de Minas (MG).
Desde os oito anos de idade que Madalena trabalhava na casa do professor Dalton Rigueira. Emocionada com a comemoração, Madalena ressaltou a importância da liberdade que sente atualmente. “Nunca fui feliz assim. Antes eu era triste. Muito triste. Hoje eu sinto que estou bem. Coração limpo. Estou libertada. Estou livre”, disse ela em entrevista ao Fantástico.
Vida nova
Após ser libertada, Madalena começou se dar o direito de fazer algumas coisas que, no tempo de cárcere, não era autorizada a fazer, inclusive autocuidado. “Não podia fazer unha, passar um esmalte vermelho. Hoje eu já passo vários esmaltes e tenho três cabelos”, enfatiza. Além disso, Madalena conheceu a praia pela primeira vez e voltou estudar.
O caso
Madalena Gordiano foi “adotada” pela família Rigueira. No entanto, ela viveu 38 anos realizando trabalhos domésticos para duas famílias sem jamais ter estudado ou recebido salários, folgas, 13º salário, etc. Em novembro de 2020, o Ministério Público do Trabalho (MPT/MG) abriu uma investigação para acompanhar o caso.
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