“Esporte é a resposta de tudo para mim”, afirma professor Bruno Rosa

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19 de fevereiro é celebrado o Dia do Esportista e não é novidade que a atividade física é capaz de transformar vidas, mas além disso é possível trabalhar sua funcionalidade através da internet com descontração, agregando conhecimento para outras pessoas que amam o esporte.

Pensando em se tornar uma referência como profissional da área para pessoas negras, por meio das redes sociais, Bruno Rosa, 37, nascido na Tijuca, no Rio de Janeiro, tem feito sucesso ao mostrar para os seus seguidores técnicas esportivas, curiosidades e até mesmo como praticar determinados exercícios corretamente. 

Bruno usa as redes sociais para transferir seus conhecimentos – Foto: Tiago Munden

“Me impressiona como o esporte agrega em relação a definição de metas e, junto dele, outras áreas da vida se encaixam. Esporte é a resposta de tudo para mim. É uma pílula de saúde que todos deviam tomar. É onde a gente se conhece, conhece histórias, testamos nossos limites físicos e mentais. Pretendo levar para mais gente, uma forma saudável de encarar os exercícios”, afirma o professor.

Apaixonado por séries, filmes, games, leitura e por uma boa roda samba nas horas vagas, no ano passado, Bruno voltou a ser atleta. Promovendo saúde e bem-estar com uma pitada de humor, o educador físico ensina com dinamismo.

“Sempre busquei me comunicar e atingir mais pessoas. Quando o foco do Instagram eram fotos e textos, escrevia de forma informal sobre assuntos pesados, para que todo mundo entendesse. Agora, com o foco no vídeo, me utilizar do humor para que a informação seja introduzida e aprofundada, parece um bom caminho a seguir. Provoco pessoas que querem se valer da ingenuidade e ignorância alheia para benefício próprio sem ética”, ressaltou. 

O sonho do seu pai era que se tornasse um engenheiro, mas quando criança, vivendo entre Cordovil e Vila da Penha, era para o esporte que os seus olhos brilhavam.

“Minha infância foi de pique, futebol, videogame e jogar bola na rua. Adolescente, já na Tijuca, onde morei até 2019, estudei num colégio 99% branco e criei amizades com os jovens do prédio, com os quais viajava bastante. Também jogava basquete no colégio ou nas quadras do bairro, as peladas e os campeonatos amadores”, conta o professor.

Formado em Educação Física, pós-graduado em Treinamento Desportivo e prestes a concluir a pós-graduação em Fisiologia, Nutrição e Metabolismo Esportivo, Bruno nunca teve dúvidas do caminho que iria trilhar quando crescesse. Destaque no que faz hoje, ele sempre contou com o apoio da família. Recém-chegado em São Paulo, o que tem o desafiado, ele tem trabalhado para expandir ainda mais os seus projetos: a empresa ‘Treino do Sapo’, as consultorias online e o trabalho como palestrante. 

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Ex-jogador profissional de futebol americano, o educador físico acredita que ainda existe muito preconceito nos lugares que deveriam ser acolhedores.

“Ninguém faz graça de um doente em um hospital, mas se alguém está na academia buscando saúde e não se adequa em determinado perfil, é preterida ou caçoada”, destacou ele, que ao mostrar um vídeo o qual alguém usa um produto sem eficácia comprovada, ironiza para chamar atenção e, assim, se aprofundar sobre o assunto.

Com boas expectativas para o ano que está apenas no início, Bruno Rosa quer galgar novos degraus. “Desejo ser reconhecido, uma potência neste segmento. Quando pensarem em alguém negro para ter como personal, consultor ou palestrante, que pensem em mim. Quero ter o maior número possível de clientes negros. Como costumo brincar: Quero treinando comigo os Vingadores de gente preta. Além disso, puxar mais gente comigo, me cercar de profissionais negros de todas as áreas. Uma verdadeira referência”, concluiu.

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