No último domingo, a consultoria britânica Centro de Pesquisa para Economia e Negócios (CEBR, na sigla em inglês) divulgou seu relatório anual com as previsões para o próximo ano e, nele, ressalta que o Brasil só voltará a figurar entre as 10 maiores economias do mundo na próxima década.
O estudo analisa, anualmente, as perspectivas de economias globais e comparam as riquezas dos países em Dólar. Os economistas, segundo o levantamento, trabalham com a projeção de crescimento do Produto Interno Bruto Brasileiro (PIB) de 1% em 2022. No entanto, o mercado financeiro trabalha com um ritmo mais lento que isso, com um crescimento de 0,5%, levando-se em consideração a última década estudada.
Os economistas britânicos destacam que a inflação é um dos principais entraves do crescimento do PIB brasileiro e o CEBR ressalta que a brasileira, dentro do G20, grupo das 20 maiores economias do mundo, está atrás apenas da Argentina e Turquia, que passam por processos de recessão maiores que o brasileiro.
“Além dos problemas nas cadeias de produção e altos preços da energia, a fraqueza da moeda do Brasil é um fator adicional de pressão na inflação. O real perdeu cerca de um quarto do valor desde o começo da pandemia, em 2020”, afirma o relatório.
“A disputa para a presidência pode causar instabilidade política adicional”, diz o documento sobre a corrida eleitoral do ano de 2022.