Falta de recursos para enfrentar temperaturas que podem ultrapassar os 40°C adia início do ano letivo
As aulas das escolas da rede estadual do Rio Grande do Sul que retornariam nesta segunda-feira (10), foram adiadas pelo Tribunal de Justiça (TJ) após o Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet) ter emitido um alerta de “grande perigo” para a onda de calor no estado. A decisão liminar que impacta 2.320 escolas, foi concedida pela desembargadora Lúcia de Fátima Cerveira após petição do Centro dos Professores Estaduais do Rio Grande do Sul (Cpers).
Além das altas temperaturas, a suspensão das aulas foi determinada devido a falta de estrutura nas unidades de ensino, como bebedouro e equipamentos de ventilação. A Cpers ressaltou na petição que o retorno das atividades escolares nessas condições de extremo calor e poucos recursos poderia colocar em risco a vida de professores, funcionários e estudantes.
O estado gaúcho pode registrar temperatura acima de 40°C e marcar o recorde de 43,8°C, de acordo com o Climatempo. O alerta de ondas de calor foi emitido na última quarta-feira(05), pelo Inmet e permanece ativo até a noite desta segunda-feira(10). Na decisão do adiamento das aulas, a juíza Lúcia destacou que “inúmeras crianças e adolescentes, bem ainda, professores e demais funcionários, precisam se deslocar a pé, ou por transporte público, em meio a temperaturas altíssimas conforme previsto”.
O governo do RS recorreu, nesta segunda-feira (10), da decisão que suspendeu o início das aulas no estado, garantindo que todas as medidas de infraestrutura e recursos necessárias foram tomadas e defendeu que o retorno é necessário para o desenvolvimento dos estudantes. Segundo o governo, os alunos em situação de vulnerabilidade social não têm acesso ao ensino remoto.
As aulas seguem suspensas até o TJ analisar o recurso do governo e decidir se mantém ou revoga a liminar. O retorno das aulas após o adiamento estava previsto para o dia 17 de fevereiro.
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