O endividamento dos lares brasileiros com o setor bancário voltou a bater recorde em setembro de 2021, ao somar 49,4% da renda acumulada das famílias nos doze meses anteriores. A informação é do Banco Central (BC) e foi divulgada nesta terça-feira (28).
A taxa de setembro é 0,7 ponto percentual superior à registrada em agosto, que foi de 48,7%. Na comparação com o mesmo mês do ano anterior, a alta foi de 5,5%.
Desde outubro de 2020, o endividamento das famílias vem subindo, passando a bater sucessivos recordes desde junho de 2021.
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Cheque especial avança a 129,6%
Quem entrou no cheque especial também sofreu com o aumento dos juros. Entre as principais linhas de crédito livre para a pessoa física, a taxa do cheque especial passou de 128,2% ao ano para 129,6% ao ano de outubro para novembro. No crédito pessoal, a taxa passou de 35,4% para 36,3% ao ano.
Desde 2018, os bancos estão oferecendo um parcelamento para dívidas no cheque especial. A opção vale para débitos superiores a R$ 200. Em janeiro de 2020, o Banco Central passou a aplicar uma limitação dos juros do cheque especial, em 8% ao mês (151,82% ao ano).
Além da limitação do juro, os dados atuais refletem uma revisão realizada na série histórica do Banco Cental. Os números passaram a considerar o fato de alguns bancos cobrarem juro no cheque especial apenas após dez dias de atraso no pagamento da fatura. Antes, era considerado todo o período de atraso. Esta mudança fez com que o nível do juro no cheque especial, na nova série histórica, fosse menor em anos anteriores.
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