Lucro com comida estragada: empresa que revendeu carne podre teve ganhos de mais de 6.000%, estima a polícia

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A polícia civil estima que a empresa do interior do Rio de Janeiro que revendeu 800 toneladas de carnes que ficaram submersas durante as enchentes no Rio Grande do Sul, teve um lucro de 6.150%. De acordo com as autoridades, os responsáveis investigados pagaram menos de R$ 80 mil por toda a carga, e podem ter faturado cerca de R$ 5 milhões.

Na última quarta-feira (22) uma operação conjunta chamada de ‘Crane Fraca’, das delegacias de Defesa do Consumidor do Rio de Janeiro e do Rio Grande do Sul prendeu quatro pessoas, sendo dois sócios e dois funcionários da distribuidora, na cidade de Três Rios, interior do estado.

Carne imprópria para consumo encontrada pelos polícias durante a operação / Foto: Reprodução/TV Globo

Todos são acusados de revender carne bovina, frangos e cortes de suínos estragados para mercados e açougues de todo o país para consumo humano, apesar de terem sido comprados com a justificativa de serem usados para a fabricação de ração para animais.

A informação que temos é que essa carne foi “maquiada”. Antes da revenda, eles retiraram sinais de sujeira das embalagens, que ficaram em contato com a água suja e lama“, afirmou o delegado Wellington Vieira, da Delegacia de Defesa do Consumidor do Rio.

Até o momento apenas 17 toneladas de carne foram rastreadas pela polícia.

Impactos na saúde

A polícia ainda investigaquem consumiu as carnes podres, mas os impactos negativos na saúde são diversos.

A carne que não está em boas condições pode conter bactérias patogênicas, como Salmonella, E. coli e Listeria, que podem causar intoxicações alimentares. Os sintomas comuns incluem náuseas, vômitos, diarreia e dores abdominais, e podendo levar a morte em casos mais graves.

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Bárbara Souza

Bárbara Souza

Formada em Jornalismo em 2021, atualmente trabalha como Editora no jornal Notícia Preta, onde começou como colaboradora voluntária em 2022. Carioca da gema, criada no interior do Rio, acredita em uma comunicação acessível e antirracista.

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