A maquiadora Juliana Rocha acusa a loja Kaorys Perfumaria de racismo contra ela, depois que foi realizar compras no local, na manhã da última segunda-feira (26), em Diadema, Grande São Paulo.
De acordo com Juliana, depois de realizar toda a compra, efetuou o pagamento via pix e, quando estava saindo da loja, três funcionários a abordaram, de forma hostil, segundo ela, dizendo que a câmera de segurança “flagrou” a maquiadora tinha “roubado um item da loja”. “Me chamaram em uma salinha e falaram que eu tinha roubado um delineador e colocado dentro da sacola. eu falei que não tinha roubado nada, mostrei a nota e todos os itens que estavam na minha bolsa, estavam na nota fiscal”, afirmou.
Ainda de acordo com Juliana, eles revistaram a sacola dela e foi constatado que o delineador estava dentro da sacola, mas também constava na nota, como pago. “Eu pedi para ver o vídeo e, nele, só mostrava quando eu estava segurando o delineador na frente da prateleira. Eu tinha pedido ajuda a uma das profissionais para testar o produto, elas passaram no meu braço e esperando secar. Enquanto secava, eu estava vendo outros produtos para comparar. Ou seja, no vídeo só mostra eu olhando os produtos na frente da prateleira, não me mostra colocando nenhum produto na sacola”, indignou.
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Juliana ressalta que o vídeo que foi mostrado tinha apenas 7 segundos e não mostra, em nenhum momento, ela colocando qualquer objeto ou produto dentro da bolsa. “Eu questionei na hora. ‘Cadê, no vídeo, o que vocês falaram com tanta certeza que eu estava roubando?’. Eles falaram que se enganaram e que todos os produtos que estavam comigo estavam na nota, como eu já havia falado”, enfatizou.
“Isso é uma atitude inadmissível, não aceito passar por um tipo de coisas como essas, até porque, havia pessoas brancas na loja e não foram abordados. E eu pergunto, quantas pessoas brancas já passaram por situações como essas?”, questionou.
O caso foi registrado na 1ª Delegacia de Polícia de Diadema.
Resposta da empresa
De acordo com Valdir Campos, representante da Kaorys Cosméticos, a empresa não compactua com nenhum tipo de atitude discriminatória, seja por etnia, religião ou orientação sexual. Inclusive, segundo ele, “a empresa tem funcionários negros e homossexuais”.
Campos ressalta ainda que vai fazer contato com a vítima para tentar minimizar os possíveis danos causados a ela.